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Por James Maxlow e Mike Ripplinger
Traduzido por Orakio Rob
A área residencial de Camineet é tida por muitos como a capital de Palma. Ela é sua maior cidade, a que possui maior população, e se conecta ao único espaçoporto ainda ativo do planeta. Camineet, o espaçoporto e sua cidade vizinha, Parolit, formam uma única estrutura cercada por um gigantesco muro de proteção. Nenhum monstro pode alcançar as duas cidades, embora isso não sirva de nada para os monstros que já estão lá dentro. Sendo um prêmio à cultura e à sociedade palmiana, Camineet é também a mais patrulhada por robotcops e pela guarda de elite.
Em um armazém nos limites da cidade (o declínio da atividade manufatureira há muito fechou suas portas) um pequeno grupo de homens e mulheres planejam a libertação de seu mundo.
“Nós não podemos mais continuar desse jeito. Ontem mesmo perdemos contato com o grupo de Scion. Nosso transmissor parou de funcionar hoje. E aquele maldito sinal de interferência que os robotcops estão transmitindo fritou todos os circuitos. Acreditamos que o mesmo ocorreu em Scion. Eles ainda estão operando, mas não podemos fazer muito se não pudermos nos comunicar com o resto do movimento.” Quem falava era um homem de idade que parecia incapaz de concretizar a raiva que demonstrava. Ele estava entre mais seis que sentavam em caixas espalhadas pelo chão.
Outro homem ergueu-se. Apesar de jovem, era evidente que ele era respeitado por todos à sua volta. “E não é só isso. Eu vi Robotcops passeando em torno da velha loja de itens de Petro. Temo que eles suspeitem de seu envolvimento com a resistência. Eles estão de olho nele.” “O que significa que não podemos depender dele para suprimentos, é muito perigoso para ele…” uma mulher acrescentou, com um desespero evidente em sua voz.
“Sim, Adrina,” o jovem disse, “isso nos deixa apenas uma fonte de itens e equipamentos. E eles são usados, um monte de sucata. Geralmente nem sequer funcionam.”
Após um longo silêncio, em meio ao ar pesado e estagnado, uma nova voz surgiu, “Temos que enviar um menssageiro a Eppi, para dizer a eles que precisamos de sua ajuda.”
O velho que havia sido o primeiro a falar ergueu-se novamente. “Isso é suicídio. Quem atravessaria a floresta tomada por aquelas feras e demônios? Nós nem sequer temos um conjunto completo de armadura! E como saberemos se ainda temos simpatizantes em Eppi? Não ouvimos mais uma palavra deles desde que a guarda real restringiu a passagem pelo muro apenas a situações essenciais. Até onde sabemos os monstros já podem ter destruído a cidade. Nero, não podemos…”
“Ninguém está pedindo para você ir, Gregor,” o jovem, aparentemente o líder, interrompeu, “Eu irei. Ainda tenho fibra o suficiente para lutar com alguns animais selvagens. Nossos amigos em Scion disseram que Odin partiu para a caverna ao sul recentemente. Com certeza ele passou em Eppi primeiro. Ele sempre teve amigos por lá. Irei até Eppi, e espero localizá-lo. Juntos, poderemos viajar até Scion, e coordenar melhor nossos esforços entre as cidades. É nossa única opção.”
O silêncio do grupo denotava sua aprovação. Quando Nero os deixou, eles trocavam olhares de medo e receio. Ninguém acreditava que ele teria sucesso.
Nero alcançou a saída do armazém. A enormidade de sua tarefa preenchia seus pensamentos, que ignoravam todo o resto. Desatento ao que o rodeava, ele não ouviu o som, que veio da descarga de um disparador de plasma. Segundos depois ele começou a senti-la, uma queimadura, uma dor aguda em seu estômago. Quando olhou para baixo, soube da verdade, e seus sentidos começaram a falhar. Pensamentos sobre o movimento, sua irmã e seu mundo o invadiram enquanto ele caía ao chão.
Os seis homens e mulheres dentro do armazém não tiveram melhor sorte.
Robotcops invadiram, disparando contra todos no local. Em um momento tudo estava terminado. O líder dos robotcops falou.
“Insetos. Eles estarão melhores mortos. Se Lassic em pessoa decidisse lidar com eles, ainda estariam griatando. Deixe os corpos aqui até que eles apodreçam. Ficarão como uma lição para qualquer outro membro da resistência de que seu caminho leva apenas à morte.” Satisfeito com sua performance, com o poder que possuíam, os Robotcops deixaram os corpos, ainda brilhando com uma energia letal.
Quando eles retornaram para a área aberta, o comandante notou que Nero ainda se movia, ainda que ele estivesse obviamente morrendo.
“Olhe para isso! As minhocas insistem em lutar! Acho que alguns insetos são mais fortes do que outros, não é?” Os assassinos gargalharam com o senso de humor negro de seu comandante. “Não interfira no romance de Lassic! Aprenda essa lição!” A ordem foi pontuada com um chute da bota do comandante no estômago ensanguentado de Nero. “Você será nosso menssageiro em morte! Use seus últimos suspiros para dizer a seu povo que Lassic destrói a todos que se opõem a ele! Diga a eles que ninguém pode resistir a seu poder!”
- - -
A casa de Nero Landale e sua irmã Alis não era muito longe dali. Ouvindo o ruído frio dos Robotcops passando em frente à sua casa, Alis esperou que eles passassem, e então correu para fora. Robotcops em patrulha sempre eram sinal de problemas, e ela sabia que seu irmão estava em mais um encontro secreto da resistência. Mas ela não estava preparada para o que a aguardava…
“Nero!” ela gritou, enquanto corria até seu corpo caído. “Nero, o que aconteceu? Não morra!” Lágrimas se formaram em seus olhos. “Não me deixe! Por favor!”
“Alis,” Nero suspirou, mal conseguindo fôlego para prosseguir, “escute! Lassic está conduzindo nosso mundo à destruição. Tentei descobrir seus planos mas não pude fazer nada sozinho. Ouvi sobre um homem de grande poder chamado Odin. Talvez vocês dois possam impedir Lassic.” Nero tossia, cuspindo sangue pela boca. “Alis, é muito tarde para mim. Seja forte.” Sua mão se fechou em torno da dela, um último, e fraco laço. Momentos depois Alis sentiu a força dele sumir, e seus olhos se fecharem.
Ainda que aos soluços, Alis disse em voz baixa, “Tenho certeza que meu irmão não morreu em vão! Proteja-me, Nero!” Ela então abraçou seu irmão, em uma prece silenciosa.