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fanworks:fanfictions:fic-017

A criação das trevas e da luz

Autor: Robert Hubbs
Tradutor: Orakio Rob

Bem distante em uma estação espacial que orbitava um estranha anomalia em um buraco negro, havia um homem chamado Professor Norman D. Falz. O professor era um homem alto e de músculos bem desenvolvidos, algo bastante incomum para um cientista. Ele e sua equipe trabalhavam sozinhos em sua pequena estação espacial para criar um novo tipo de super numano. O Professor Falz encarava com muito prazer seu trabalho de criar uma nova espécie. Assim ele e sua equipe criaram uma fêmea super numana a quem ele deu o nome de Eden em homenagem à sua falecida esposa.

“Enfim, o trabalho de minha vida está concluído.” O Professor estava muito feliz. Pouco depois de ser criada, Eden comecou a aprender de tudo muito rapidamente. Isso agradou a Falz. Após vários meses Falz e Eden se tornaram muito amigos. Ele ensinou a ela muitas coisas sobre a ciência e sobre suas teorias a respeito da ordem entre a luz e as trevas no universo.

Mas após algum tempo Eden teve consciência do poder que continha. Ela descobriu seus poderes por acidente ao invocar Foi em seu equipamento de laboratório. Ela correu até o Professor e perguntou por que ele não havia contado a ela sobre seus poderes. “Se eu lhe contasse sobre seus poderes com o pouco conhecimento que você detinha antes, você provavelmente nos teria destruído por acidente,” Falz disse severamente. “Foi pela segurança desta estação.”

“Mas voce viu como eu aprendia rápido!” Eden gritou. “Eu pensei que você fosse meu amigo! Eu pensei que confiávamos um no outro. Voce nâo é diferente dos outros cientistas dessa estação!”

Entao ela deu um golpe com o punho em um console próximo e seus poderes destruíram o mesmo. Um incêndio começou e rapidamente se espalhou pela estação.

“Precisamos evacuar a estação. TODOS, MEXAM-SE!” Falz ordenou a seus associados. “Eden! Onde está você?”

Ele a encontrou inconsciente no chão. Falz a apanhou cuidadosamente e levou-a até um módulo de fuga. “Você vai estar segura aqui.” Ele fechou a escotilha quando de repente uma explosão balançou a nave e lançou o módulo de Eden no espaço.

“NÃO! EDEN!” Enquanto o módulo flutuava no espaço, Eden despertou e deu uma ultima olhada para a estação, para a face de Falz. Os lábios dela moveram-se como se dissessem “sinto muito.”

Subitamente o módulo foi pego pelo campo de atração do buraco negro. Eden tentou fazer o módulo se mover mas não adiantava. Enquanto penetrava na anomalia do buraco negro, seu módulo começou a ser esmagado pela gravidade. A parte da frente se rasgou e Eden foi arrastada para o espaço. Ela então percebeu que não estava morta. De repente uma forma de energia negra a atacou. Lembranças de sua criação vieram. Ela se lembrou do que aprendeu com Falz sobre a ordem entre a luz e as trevas. Ela se lembrou do ódio e da raiva que sentiu de Falz quando este ocultou seus segredos. Então suas lembrancas boas e más foram divididas. Ela agonizava. Ela podia sentir o ódio e a raiva serem extraídos dela e formarem algo monstruoso. Ela também sentiu a compaixão e o amor serem extraídos dela. Formavam seres separados. Ela olhou para ambos antes de fechar seus olhos. Ela foi então finalmente dilacerada e esmagada pela gravidade do buraco negro.

Na estação espacial, Falz e um pequeno time foram capazes de manter o fogo sob controle e começaram a restaurar a estação. Enquanto Falz organizava uma das salas, ele viu uma estranha luz pela janela da estação. Ele correu até ela e viu uma grande luz escapar do buraco negro.

“Que diabos? Como isso é possível? Que ser é aquele?” O professor fez todas essas perguntas a si mesmo enquanto olhava mais de perto para o ser. Ele parecia humano, pensou. Então a luz desapareceu rumo ao sistema Algol.

Enquanto Falz continuava a observar, ele percebeu que havia algo mais saindo do buraco negro. Mas ao invés de luz, saíram trevas. “MEU DEUS! O QUE É ISSO?”

Então as trevas começaram a se aproximar da estação.

“Oh meu Deus, ela vai colidir com a estação!” O professor correu para a porta na esperança de escapar, mas a porta não se abriu. Então Falz se virou e viu uma figura atravessar a parede. O que ele viu era… uma figura feminina que se aproximava. Então uma voz familiar porém negra falou.

“Olá Professor. Eu tinha esperanças de que nada houvesse ocorrido com você.”

“Não, não pode ser. Eden? Mas você foi sugada pelo buraco e esmagada até a morte.”

“Não sou mais aquela entidade, mas uma criação do ódio e da raiva que haviam dentro dela. Mas também sou essa da qual você fala. Eu sou as trevas, que trazem equilíbrio ao universo junto com a luz. Mas pretendo destruir esse balanço agora.” Ela lentamente começou a andar na direção do Professor.

“Eu não permitirei.” Ele agarrou uma barra que estava por perto e a segurou com força. “Eu a criei, eu posso destruí-la.”

“Seu tolo. Nimguém pode me impedir. Eu me tornei muito mais poderosa do que você imagina.” Ela ergueu sua mão e empurrou o Professor contra a parede. Ele caiu sobre um console e quebrou o braço. Ela então ergueu novamente sua mão e o paralizou enquanto se aproximava lentamente.

“Haviam tantas coisas que eu queria aprender, sentir. Mas você sempre esteve tão interessado em seus estudos. Eu tinha sentimentos. Eu queria ser uma só com você. Amar você. Eu nunca nem sequer experimentei um beijo!”

“Eu jamais poderia amar algo que eu criei. Você foi uma criação minha. É impossível!”

“Aqui está o que eu perdi, Professor.” Ela se curvou para a frente e pôs seus sedutores lábios negros sobre os dele. Ela aproveitou lentamente o momento e se afastou. “Haviam tantas coisas que eu queria dizer, mas agora há apenas ódio e raiva no lugar delas. Agora você sentirá a minha dor!” Ela então ergueu sua mão novamente e lançou Falz contra o muro. Ele caiu sobre outro console. A cabeça de Falz sangrava muito e seu braço esquerdo se quebrara.

“Acabe comigo então!” ele disse para ela.

“Sua minhoca patética, não vou apenas matar você. Eu capturarei sua alma e usarei você como um peão. Você ressucitará sempre que eu desejar.”

“Nunca serei seu escravo!”

Então ela invocou uma magia tão terrível que não apenas matou Falz, mas fez com que sua alma surgisse do nada. Ela ergueu seus dedos e os movimentou até que a alma de Falz estivesse na palma de sua mão.

“Você é meu!” Então ela modelou a alma para que esta se tornasse tão negra quanto seu coração, cheia de ódio e raiva por tudo o que existe.

“Agora eu o enviarei para fazer meu serviço. Vá Dark Falz e traga-me a energia da qual necessito para destruir o universo.” Ela observou enquanto seu escravo voava em direção ao sistema Algol para onde o ser de luz havia escapado. Ela então pensou, você será destruído ser de luz e ninguém mais se oporá a mim.

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fanworks/fanfictions/fic-017.txt · Última modificação: 2009/01/13 16:58 por 127.0.0.1