Autora: Neilast
Tradutor: Orakio Rob
Por que Lyle não é o único dragão a bordo da Alisa III…
Como justifico minha afirmação de que Lyle não era o único cavaleiro dragão a bordo da Alisa III? Existem duas evidências que provam que Lyle não pode ser a única pessoa a bordo da Alisa III com esse poder de mutação.
A prova mais convincente vem na forma de lendas contadas pelo povo de Endora. Durante a terceira geração, uma mulher na vila diz:
“As lendas dizem que um dragão irá ajudar aqueles que tentarem atravessar o mar rumo a Techna.”
Essa lenda claramente não pode ter-se originado com Lyle. Para começar, é duvidoso que uma lenda nasça de uma única ocorrência que não tenha sido testemunhada por ninguém exceto por aqueles diretamente envolvidos nela – Lyle, Thea, Ayn, e os outros. Segundo, há o fato de que a área na qual o dragão Lyle apareceu já era chamada de “Cabo da Espinha do Dragão”. E terceiro, a lenda é mencionada mesmo que Rhys se case com Lena, caso no qual a cena onde Lyle carrega Ayn e seus amigos através do mar nunca acontece.
O fato de que dragões tem sido vistos próximos a Endora por muitos anos mesmo que Lyle nunca tenha estado na área prova que há muito outros dragões além de Lyle estão a bordo da Alisa III.
Então de onde vem os dragões? Essa é a outra informação que ajuda a provar que Lyle não está sozinho com seu poder de transformação.
Apesar do que os Orakianos dizem, eu não acredito que exista ou que tenha existido qualquer magia ou usuário de magia a bordo da Alisa III, exceto, é claro, pelo próprio Dark Force. A razão para que eu acredite nisso: como sabemos, Lutz foi o último usuário de magia vivo em Algol na época em que a Alisa III deixou Algol. E segundo, nenhum usuário de magia é visto em Phantasy Star III. Os Layanos, apesar de possuírem grande habilidade com suas técnicas, nunca demonstram possuir nenhum tipo de magia.
Então, se os alisianos não possuíam magia, a habilidade de se transformar em um dragão deve ser resultado de bio-engenharia. Isso faz muito sentido. Sabemos que as tropas de Laya eram compostas em sua maioria por monstros, e sabemos por Phantasy Star II que os algolianos possuíam tecnologia para produzir milhares e milhares de criaturas. Se os Layanos realmente trabalharam muito com a bio-engenharia, isso explicaria por que os alisianos de Phantasy Star III acreditam que os antigos layanos possuíam magia. A maioria dos alisianos, exceto por aqueles em poucos locais isolados, tem pouco ou nenhum conhecimento de tecnologia. Logo, a habilidade de criar incontáveis monstros poderia ser vista facilmente como magia.
E, se a habilidade de se transformar em um dragão originou-se com a bio-engenharia layana durante a guerra devastadora, deduz-se que Lyle não poderia ser a única pessoa com esse poder. Com certeza os layanos teriam dado a habilidade a muitas pessoas; o que poderia ser melhor do que um exército de dragões extremamente poderosos e inteligentes? E mesmo se a apenas um layano fosse conferida a habilidade por meio da bio-engenharia, essa pessoa teria muitos descendentes, muitos dos quais provavelmente teriam a habilidade. Lyle seria uma dessas pessoas.
Não importa como se veja essa questão, Lyle não pode ser o único cavaleiro-dragão a bordo da Alisa III. Logo, o salvador de Thea não tem que ser Lyle, e quando se leva o precário estado de saúde de Lyle em conta, torna-se provável que seu salvador não tenha sido Lyle.
Tudo isso poderia ser refutado devido a como algo dito por um homem em Endora, também durante a terceira geração, seja interpretado:
“Há muito tempo atrás, eu vi um dragão machucado, e de um olho só, voar do Cabo da Espinha do Dragão em direção ao mar”.
Pode-se argumentar que o dragão machucado é Lyle. Essa noção é apoiada pelo fato de que esse dragão em particular tinha apenas um olho, como Lyle. No entanto, há outra explicação. Responderei a essa aparente contradição à minha teoria na próxima seção desta questão.
Mas isso nos deixa uma pergunta óbvia. Se Lyle não salvou Thea de Lensol, então quem salvou? Parecem não haver candidatos prováveis até que se considere mais profundamente a questão das cicatrizes faciais… e a história peculiar de um item muito especial chamado Twins Ruby.