Por James Maxlow e Mike Ripplinger
Traduzido por Orakio Rob
Três jóias orbitam a brilhante estrela Algol. Palma, o coração tecnológico e intelectual do sistema solar, á a principal delas. Vastos oceanos e viçosas áreas verdes fornecem as condições ideais para a população, que construiu uma civilização complexa e poderosa. Comércio, indústria, agricultura… tudo foi dominado pelos engenhosos palmianos.
Motávia, cujos áridos desertos são dotados de desoladas cadeias montanhosas, serve como uma passagem entre Palma e o distante terceiro mundo, Dezóris. Apesar de existirem algumas colônias palmianas em Motávia, e desta ser governada por um palmiano, seres nativos de Motávia dominam o planeta. Atuando como pequenos fazendeiros, eles se satisfazem em trazer a vida para o deserto quase sem vida. As duas culturas se evitam, cada uma preferindo cuidar apenas de seus proprios negócios. Bem longe de Motávia, distante da aquecedora chama de Algol, está Dezóris. Tendo suas regiões agrícolas sempre congeladas, poucos palmianos enfrentam o clima para se estabelecer aqui. Os únicos seres inteligentes capazes de sobreviverem nessa rocha desolada sao os simpáticos dezorianos nativos, sempre de grande estatura e aparência lânguida. Apesar de os palmianos terem a tecnologia necessária para dominarem esse mundo, obtiveram poucos resultados até agora. Dezóris existe como uma anomalia, um intruso, no reino de Algol.
Palma vem enfrentando uma crise. Monstros desprezíveis, antes limitados aos outros dois mundos, começaram a povoar o planeta. Uma viagem entre cidades representa um risco de vida. Prósperas cidades comerciais entraram em colapso. As taxas se tornaram um fardo muito pesado. Para conter o crime e a anarquia, a lei marcial foi instituída às cidades dominantes. Cruéis Robotcops vagavam pelas ruas, punindo severamente os infratores. Ninguém saia de casa sem que houvesse a necessidade. Aparentemente, a erosão da sociedade se refletia em seu próprio governante. Aquele que já foi tão benevolnte, não tem sido visto por seu povo. Correm rumores de que uma força demoníaca o consumiu. No entanto, não há dúvidas de que, vivo ou morto, ele enche a população de medo. É em tal cenário que lutadores da liberdade nascem…
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Nas profundezas de um castelo desconhecido, em uma grande sala na qual muros massivos parecem prontos para esmagar quem entrasse, está sentado o rei. Ele usa uma assustadora roupa de ouro, ferro e prata que reflete seu coração demoníaco. Envolto em uma capa vermelho- sangue, segurando um cajado que parece pulsar de energia e poder, ele aguarda que o servo diante dele fale.
“Que notícias são essas que fazem com que você interrompa minha prece? Que razão tenho eu para permitir que sua vida continue?” Seu tom profundo ressonou nos muros da sala, envolvendo o servo ajoelhado diante dele.
“Meu mestre, mil desculpas. Sua guarda descobriu um ponto de encontro dos rebeldes. Nós os estamos observando agora, aguardando seu comando.” Ele tremia enquanto falava.
“Onde os insetos se escondem?”
“Eles estão bem no coração de seu reino, Mestre. Eles se reúnem em Camineet…”
O rei pôs-se de pé subitamente, com os olhos queimando de fúria. “CAMINEET!?! Os tolos querem me desafiar em minha maior cidade? Quanta pretensão carregam em seus corações! Pretensão, ou estupidez!”
Medindo cuidadosamente suas palavras, o servo respondeu, “O que o senhor fará contra eles? Certamente devemos agir…”
“Claro que devemos, seu verme insignificante,” o rei resmungou, voltando ao trono, “não pense que voce tem a menor noção de como lidar com essas situações.” Segurando firme seu cajado, um sorriso percorreu o rosto do rei, um sorriso que encheu o homem diante dele de terror. “Mate-nos. Mate a todos eles!”.