O primeiro Phantasy Star genuinamente brasileiro
E então, já jogou Chaz Adventure? Se não jogou, o que está esperando? Se jogou, deve estar muito curioso para saber mais sobre o criador do jogo, o brasileiro Rodrigo, O Esper.
Pensando nisso, a Gazeta de Algol traz para vocês, com exclusividade, uma entrevista com a mente criativa por trás desse excelente fangame. A entrevista foi concedida por e-mail, e nela Rodrigo nos conta um pouco mais sobre o processo de criação de Chaz Adventure, e sobre seu site em vias de extinção (corra para visitar enquanto há tempo!).
Rodrigo trilhou um caminho relativamente parecido com o meu, quando decidi criar a Gazeta: entrou em contato com alguns ilustres fãs de PS, como Naflign e Mike Ripplinger, fez amizades e buscou conselhos de quem estava nesse barco a mais tempo do que ele. Isso tudo gerou um site cheio de projetos curiosos, como um remake de Phantasy Star que acabou não saindo do papel. Na verdade “ele chegou a sair do papel”, esclarece Rodrigo, “tendo até uma Camineet operacional…”
Mas vamos à entrevista!
Orakio Rob: Primeiramente, Rodrigo, fale-nos sobre você: quantos anos tem, onde mora, em que trabalha…
Rodrigo: Meu nome é Rodrigo Sérgio Meirelles Marchimi, tenho 18 anos , moro em Ribeirão Preto (SP) mas nasci em Bauru (SP). Estou fazendo cursinho, lutando por uma vaga no curso de direito, o que consome praticamente todo meu tempo.
Orakio Rob: Como foi seu primeiro contato com Phantasy Star?
Rodrigo: O meu primeiro contato aconteceu no começo da década de 90 , no “sega genesis” com o Phantasy Star II, o qual joguei e vi meu irmão jogar e zerar (eu só fui zerar há alguns anos). Depois desse primeiro contato demorou um pouco até conhecer as sequências.
Orakio Rob: Qual é seu Phantasy Star favorito? Qual é o Phantasy Star do qual você menos gosta? Por quê?
Rodrigo: O favorito é com certeza o segundo, além de ter sido o primeiro e por muito tempo o único Phantasy Star que joguei é o mais desafiante e o mais complexo, sendo também ao mesmo tempo o mais explicativo e o mais misterioso. O que eu menos gosto é o Terceiro, apesar de gostar muito, ele traz características paradoxais: O gráfico da batalha é horrível comparado ao do resto do jogo. A história, por um lado, é muito interessante mas traz muitas dúvidas e até problemas de incoerência, além dele ser muito pouco desafiante.
Orakio Rob: Quais são seus outros jogos favoritos além de PS?
Rodrigo: A série Ultima , A série King's Quest, a série Final Fantasy, o Thief 1 e 2 , o System Shock, O Civilization. Deve haver outros mas os principais são estes . Eu pessoalmente acho que , atualmente, a indústria de jogos está em crise, é dificílimo encontrar jogos novos bons a maioria é lixo.
Orakio Rob: Na sua opinião, quais são os melhores sites de Phantasy Star da internet, e por quê?
Rodrigo: Agora você me pegou , eu sou péssimo em guardar nomes e endereços de site , mas citaria esse (o público de phantasy Star do Brasil nunca foi tão bem representado) , O Ps cave, o Phantasys Star Pages do Maxx e o site do Naflign. São concerteza os principais sites de Ps. Deles dá para se chegar em toda comunidade Phantasy Star do mundo (talvez).
Orakio Rob: Quando você decidiu criar o site “The Esper Mansion”?
Rodrigo: Essa é uma longa história … mas vamos lá … Um belo dia descobrimos uma locadora de jogos para videogame ( isso deve fazer uns bons anos) e achamos o Ps 3 , para mim foi uma descoberta , eu achava que só tinha o Ps2. Mas dali a uns dias devolvemos sem ter tido tempo de zerar e ficou por isso mesmo. Aí uns anos depois com o advento da internet descobri, com um pouco de trabalho, a comunidade de fãs do Phantasy Star e assim pude adquirir , não muito legalmente, toda a série. Também descobri o maravilhoso mundo das “fanfictions”, montei até uma grande biblioteca virtual no meu computador só desse assunto. Bom, aí começaram a surgir as minhas própria idéias e teorias do jogo e tive vontade de ingressar mais ativamente na comunidade e as boas circunstâncias permitiram que eu criasse o site e eu fiz.
Orakio Rob: Seu site estava repleto de projetos interessantes. Porém, durou apenas um ano. O que aconteceu?
Rodrigo: Eram na maioria projetos “faraônicos”, impraticáveis, até a idéia do próprio site que era explicar todas os mistérios da série. Também havia a idéia de criar um grupo de pessoas, os “esper”, com a finalidade de executar os projetos ( nessa experiência conheci muita gente interessante : O Monocromático, o FKM, A Duma e o Wing 0). O que aconteceu foi que o tempo livre no passar dos anos foi diminuindo e o conhecimento de informática ficava cada vez mais necessário com o evoluir das idéias. Conclusão: me faltaram as duas coisas e desse caldeirão de idéias e projetos só surgiu o Chaz Adventure. O site só esta no ar por preguiça de tirá-lo (aliás nem sei se ainda está no ar), novos projetos podem surgir mas o site não.
Orakio Rob: Algum de seus projetos ainda está em desenvolvimento? Você tem outros projetos relacionados a PS?
Rodrigo: Os antigos não … Mas esses dias me animei a fazer uma versão 1.5 do Chaz adventure ,inclusive traduzido para o português. Também tenho a idéia de fazer um tipo de sequência do Chaz adventure, seria a história da infância dos outros personagens: Raja, Grys, Demi … mas não prometo nada.
Orakio Rob: Fale-nos sobre “Chaz Adventure”: Como surgiu a idéia de fazer um jogo sobre Chaz? Por quê você escolheu o RPG Maker para programá-lo? Como foi o processo de criação?
Rodrigo: Engraçado que já deve fazer um ano que fiz o jogo por isso me desculpem se esquecer alguma coisa… A idéia no começo era totalmente voltada com o objetivo de se fazer o “The new Phantasy Star One” sendo que o Chaz adventure seria um teste para mim. Não sou nenhum gênio de computador, longe disso, por isso o Rpg maker foi fundamental para o projeto. Eu o escolhi por razões óbvias (era o único que funcionava). Aí to lá eu fazendo Aiedo, o primeiro labirinto, e pensando que já estava ótimo e já ia terminar, era para ser um exemplo do que seria o novo ps1. Mas felizmente surgiu meu irmão que me pressionou a continuar e a fazer uma outra cidade e mais labirintos (incluvise todos os principasi labirintos foram feitos por ele, que também fez a maioria dos coisas adicionais). Aí a coisa evoluiu de tal forma que o jogo, comparado ao que ia ser, ficou gigantesco… e nisso os outros projetos ficaram para depois. O roteiro foi principalmente eu quem fiz .
Para fazer o jogo deve ter levado uns 6 meses, mas até conseguir pôr na internet deu um trabalho, até um vírus entrou no arquivo e tive que fazer parte do jogo de novo. Na época falei que eram forças malignas o próprio Dark Force contra a finalização do jogo. Mas finalmente hoje está pronto, quer dizer, na verdade falta um detalhe mas com sorte eu resolve isso na atualização.
Orakio Rob: Parece que a Sega decidiu providenciar seu próprio “New Phantasy Star One”; novas versões dos games clássicos da série estão a caminho para o Playstation2. O que você acha da atitude da Sega, e o que espera dessas versões?
Rodrigo: É uma grande expectativa…sempre achei que o master system não era digno para um Phantasy Star. Espero que dê certo.
Orakio Rob: Qual é a sua opinião sobre Phantasy Star Online?
Rodrigo: Bom não posso dar nenhuma opinião conclusiva já que nunca joguei, mas acho pessoalmente que Phantasy Star não é um jogo que foi feito para ser online e que considero PSO um projeto que usou o nome do Phantasy Star com fins de obter sucesso mais imediato.
Orakio Rob: O que você tem a dizer aos fãs de Phantasy Star que experimentarem seu “Chaz Adventure”?
Rodrigo: Espero que se divirtam o mesmo tanto que eu me diverti para fazer o jogo.E que me mandem por email cometários e críticas.
Orakio Rob: Que conselhos você dá para os fãs que quiserem desenvolver seus próprios jogos relacionados a PS?
Rodrigo: Talvez o único problema de criar um jogo de fã é que vocês está limitado por uma história já inventada e consagrada. Você não pode quebrar a coerência da história, por exemplo no Chaz adventure: como é que Chaz pequeno irá conhecer Rune se ele só o faz quando adulto …resolvi o assunto pondo o Rune num pseudo-anonimato : “R”…Mas não sou contra criação de realidades alternativas do tipo “ o que aconteceria se ….”. E Para quem não entende nada de computador o Rpg maker é uma ótima alternativa, com ele você só precisa ter uma boa idéia.
E por último quero deixar uma mensagem de paz para o mundo… Sou totalmente contra essa a guerra…
Espero que todos tenham gostado da entrevista. Não se esqueçam de visitar o site do Rodrigo, o Esper Mansion. E caso desejem entrar em contato com o próprio, e-mails para rmarchini@hotmail.com