Após um longo período de intenso trabalho com a tradução do Pier Solar, finalmente entrei na fase de revisão dele. Com isso, volto a ter tempo disponível para o PSG1. Ou seja: estou retomando os trabalhos! Por isso, aí vai um post bem grandão sobre o andamento do nosso projeto.
Ontem mesmo dei uma mexida, adaptando para o meu programinha novo de tradução o trabalho que já foi feito com o PSG1. Clicando na foto dá para ver em tamanho maior:
Funciona assim: no quadro à esquerda, a primeira coluna tem as frases em japonês, e a segunda, minhas traduções. Já no quadro da direita, dentre outras coisas, vocês podem ver a tradução que o Jorge deu para a frase em destaque. Sempre que aperto Alt+Enter o cursor vai para a frase seguinte, e o quadro da direita mostra a tradução que o Jorge deu. Eu leio, se estiver do jeito que eu quero aperto Alt+Insert para inserir a tradução dele. Do contrário, eu escrevo outro texto.
No caso acima, estou na frase que a Alis diz quando tenta entrar em Eppi sem a bússola. Sei que o Jorge é um cara ocupado, então eu pedi a ele que traduzisse o mais rápido possível, sem se preocupar muito com o estilo. Enquanto eu fosse revisando, ia aparando as pontas. Para vocês entenderem melhor, vamos pegar a frase em questão. O Jorge escreveu:
Realmente, vou precisar de uma bússola.
Essa é uma tradução bem literal da fala original. Foi assim mesmo que eu pedi ao Jorge que fizesse. Na hora de revisar, eu vejo se a frase soa natural, analisando as circunstâncias em que foi dita e quem a disse. O Noah, por exemplo, dificilmente usaria gírias que talvez caíssem bem para o Odin. No caso, depois da minha revisão, a frase do Jorge virou:
Acho que vou precisar de uma bússola.
O sentido é o mesmo, mas soa mais natural, não é mesmo?
Outra boa nova é que o Ignitz, ídolo da garotada que vai ficar cheio de mulher depois do trabalho fantástico que vem fazendo com o rom hacking do jogo, conseguiu isolar o alfabeto:
Esse é um passo essencial para a realização de etapas importantes. Notem que faltam letras ocidentais como o “q” e também caracteres acentuados. O Ignitz vai desenhar essas letras que faltam e copiá-las por cima das letras japonesas, já que estas não serão usadas.
Outro problema é a largura das fontes. As fontes são muito largas, porque uma mera letrinha japonesa já pode significar um monte de coisas. Mesmo sobrescrevendo as letras japonesas, as nossas letras vão ocupar o mesmo espaço, ou seja: teremos espaço para poucas letras em cada quadro de diálogo, exigindo que se aperte zilhões de vezes o botão para passar o texto todo. Ainda não temos uma solução ideal para o problema, mas o Ignitz trabalha nisso. Uma opção seria trocar uma letra japonesa por DUAS ocidentais, ou seja, teríamos duas letras ocupando o espaço de uma na tela. Isso pode ser particularmente útil em menus, contornando o problema da quantidade de caracteres para nomes de personagens, itens e magias. Só que isso é bastante trabalhoso, e seria bem complicado aplicar a todo o script do jogo. Mas o Ignitz é fera e chega lá!
Informações gerais
- Quando sai a tradução? Não há uma data certa para o lançamento da tradução, a previsão MUITO POR ALTO é lá para o meio de 2010.
- Você vai desistir? Não, mil vezes não. Eu já faço a Gazeta de Algol há uns bons oito anos, e podem ter certeza que não vou desistir da tradução da noite para o dia. Até porque a questão técnica, que seria o único empecilho, já foi em grande parte resolvida. Estou empolgadíssimo, e vou até o fim, mas sou um cara ocupado e podem haver momentos com poucas novidades. Logo, sem desespero por favor!
- Quanto já foi traduzido? O Jorge já traduziu o script quase inteiro, faltam uns poucos arquivos e mais a parte de menus, magias e afins. Eu estou no começo da revisão do texto.
- O que falta fazer? Tirando a tradução e a revisão, estamos tentando diminuir a largura das letras e extrair algumas imagens que precisam de tradução (tipo, os comandos de menu como “STATUS” não são textos, mas sim imagens, e é preciso extrair as imagens e editá-las).
Quando tiver mais notícias trago para vocês, aguardem… e saudações algolianas!