Tradução de PSG1: para começar bem o mês de novembro :)

Após um longo período de intenso trabalho com a tradução do Pier Solar, finalmente entrei na fase de revisão dele. Com isso, volto a ter tempo disponível para o PSG1. Ou seja: estou retomando os trabalhos! Por isso, aí vai um post bem grandão sobre o andamento do nosso projeto.

Ontem mesmo dei uma mexida, adaptando para o meu programinha novo de tradução o trabalho que já foi feito com o PSG1. Clicando na foto dá para ver em tamanho maior:

psg1_no_memoq

Funciona assim: no quadro à esquerda, a primeira coluna tem as frases em japonês, e a segunda, minhas traduções. Já no quadro da direita, dentre outras coisas, vocês podem ver a tradução que o Jorge deu para a frase em destaque. Sempre que aperto Alt+Enter o cursor vai para a frase seguinte, e o quadro da direita mostra a tradução que o Jorge deu. Eu leio, se estiver do jeito que eu quero aperto Alt+Insert para inserir a tradução dele. Do contrário, eu escrevo outro texto.

No caso acima, estou na frase que a Alis diz quando tenta entrar em Eppi sem a bússola. Sei que o Jorge é um cara ocupado, então eu pedi a ele que traduzisse o mais rápido possível, sem se preocupar muito com o estilo. Enquanto eu fosse revisando, ia aparando as pontas. Para vocês entenderem melhor, vamos pegar a frase em questão. O Jorge escreveu:

Realmente, vou precisar de uma bússola.

Essa é uma tradução bem literal da fala original. Foi assim mesmo que eu pedi ao Jorge que fizesse. Na hora de revisar, eu vejo se a frase soa natural, analisando as circunstâncias em que foi dita e quem a disse. O Noah, por exemplo, dificilmente usaria gírias que talvez caíssem bem para o Odin. No caso, depois da minha revisão, a frase do Jorge virou:

Acho que vou precisar de uma bússola.

O sentido é o mesmo, mas soa mais natural, não é mesmo?

Outra boa nova é que o Ignitz, ídolo da garotada que vai ficar cheio de mulher depois do trabalho fantástico que vem fazendo com o rom hacking do jogo, conseguiu isolar o alfabeto:

fontes_psg1

Esse é um passo essencial para a realização de etapas importantes. Notem que faltam letras ocidentais como o “q” e também caracteres acentuados. O Ignitz vai desenhar essas letras que faltam e copiá-las por cima das letras japonesas, já que estas não serão usadas.

Outro problema é a largura das fontes. As fontes são muito largas, porque uma mera letrinha japonesa já pode significar um monte de coisas. Mesmo sobrescrevendo as letras japonesas, as nossas letras vão ocupar o mesmo espaço, ou seja: teremos espaço para poucas letras em cada quadro de diálogo, exigindo que se aperte zilhões de vezes o botão para passar o texto todo. Ainda não temos uma solução ideal para o problema, mas o Ignitz trabalha nisso. Uma opção seria trocar uma letra japonesa por DUAS ocidentais, ou seja, teríamos duas letras ocupando o espaço de uma na tela. Isso pode ser particularmente útil em menus, contornando o problema da quantidade de caracteres para nomes de personagens, itens e magias. Só que isso é bastante trabalhoso, e seria bem complicado aplicar a todo o script do jogo. Mas o Ignitz é fera e chega lá!

Informações gerais

  • Quando sai a tradução? Não há uma data certa para o lançamento da tradução, a previsão MUITO POR ALTO é lá para o meio de 2010.
  • Você vai desistir? Não, mil vezes não. Eu já faço a Gazeta de Algol há uns bons oito anos, e podem ter certeza que não vou desistir da tradução da noite para o dia. Até porque a questão técnica, que seria o único empecilho, já foi em grande parte resolvida. Estou empolgadíssimo, e vou até o fim, mas sou um cara ocupado e podem haver momentos com poucas novidades. Logo, sem desespero por favor!
  • Quanto já foi traduzido? O Jorge já traduziu o script quase inteiro, faltam uns poucos arquivos e mais a parte de menus, magias e afins. Eu estou no começo da revisão do texto.
  • O que falta fazer? Tirando a tradução e a revisão, estamos tentando diminuir a largura das letras e extrair algumas imagens que precisam de tradução (tipo, os comandos de menu como “STATUS” não são textos, mas sim imagens, e é preciso extrair as imagens e editá-las).

Quando tiver mais notícias trago para vocês, aguardem… e saudações algolianas!

Diretrizes para a tradução do PSG1

Algumas dúvidas recentes quanto à tradução do PSG1 me levaram a perguntar à comunidade que rumo tomar na tradução. Embora nem sempre eu acate à decisão da maioria porque sou um cara mau e insensível, ouvir as opiniões de todos é importante porque me faz enxergar as questões por ângulos que tinham me escapado.

Por exemplo, meu primeiro impulso foi o de traduzir Lutz por Noah. Só que a turma me lembrou que o nome Lutz também aparece nos PSs II e IV americanos, e que traduzir como Noah traria um problema no PSII, onde temos a nave Noah (que nada tem a ver com nosso feiticeiro favorito).

A verdade é que há muitas abordagens possíveis para se traduzir PSG1: fidelidade total ao jogo japonês, fidelidade total ao jogo americano ou até mesmo fidelidade total ao jogo brasileiro — incluindo os erros de tradução que a turma mais saudosista tanto gosta e vem me pedindo para repetir 🙂

Por isso, fui considerando todos os comentários de vocês para estabelecer diretrizes para a tradução. É bom haver coerência, porque se aplicarmos critérios diferentes para cada parte da tradução vamos acabar tendo problemas mais para a frente, como a SEGA americana teve.

Sei que nem todos vão concordar com as diretrizes, mas depois de encerrado o trabalho a gente pretende liberar todo o código para que cada um crie sua própria versão, o que na verdade seria muito legal!

Diretrizes para a tradução de PSG1:

Orientação geral: a ideia não é ser fiel a nenhuma versão específica do jogo (americana, japonesa ou brasileira), mas sim colocar ordem na casa, já que há incoerências tanto na série japonesa quanto na americana. A ideia é tentar tornar a série coesa.

  1. Trama: a trama será fiel à trama japonesa (ex: para os japoneses, PSIII ocorre mil anos após PSIV, na versão americana ambos ocorrem na mesma época. A versão japonesa tem prioridade);
  2. Nomes dos personagens: os nomes japoneses serão ignorados, em favor dos nomes americanos com os quais estamos acostumados. Alis, Myau e Odin se mantêm. Já os nomes Noah e Lutz apareceram nos jogos americanos, portanto temos dois nomes a escolher. Optei por Lutz, por motivos explicados no fim deste post, nas notas sobre as diretrizes tradução. Lassic se chamará Lassic, e não La Shiec, como visto em PSIV: foi mais uma mudança de grafia do que uma mudança de nome, e Lassic ficou mais marcado para os jogadores brasileiros;
  3. Lugares: nomes que possam ser traduzidos (spaceport > espaçoporto) serão traduzidos. Todos os nomes de cidades (Camineet, Scion, Bortevo, Gothic) serão mantidos como na versão americana de PS1 (MS), já que são versões aproximadas da pronúncia japonesa, e servem aos nossos propósitos tão bem quanto aos americanos. Nomes como Guaron Morgue e Corona Tower virarão Necrotério Guaron e Torre Corona;
  4. Planetas: Palma, Motávia (com acento) e Dezóris (com acento). Os nomes dos planetas foram aportuguesados e “colaram”, então o acento fica;
  5. Itens: nomes que possam ser traduzidos (lacpot > pote laconiano) serão traduzidos. Outros que não têm tradução (alsulin) serão mantidos e não aportuguesados. Os itens de cura (perolymate, ruoginin e trimate) serão traduzidos como monomate, dimate e trimate. Mais informações nas notas sobre as diretrizes, no fim deste post;
  6. Magias: a ideia é padronizar a nomenclatura para dar coesão à série, portanto FOGO (que seria a tradução do original japonês) vai virar FOI (que é como FOGO foi chamada em todos os outros jogos da série). GELO será WAT e por aí vai. Mais detalhes nas notas sobre as diretrizes, que seguem no final do post;
  7. Siglas: serão traduzidas. O indicador de ano, AW (After Waizz) vira d.W. (depois de Waizz), seguindo a grafia adotada no Brasil, com pontos e apenas a inicial do nome (Waizz) em maiúscula. BW vira a.W. (antes de Waizz). O indicador vem após o número (ex: 1284 d.W.). Os indicadores de estatísticas (HP, MP etc) serão traduzidos (PF, PM etc).

Notas sobre as diretrizes

Seguir à risca a versão japonesa de PS não garante o fim das inconsistências. Por exemplo, de PSII em diante as magias têm seu nível indicado pelos prefixos GI e NA. Assim, RES é magia de cura nível um, GIRES magia de cura de nível dois e NARES magia de cura de nível três. Essas magias afetam apenas um personagem do grupo. Magias que afetam o grupo têm prefixo SA, como SAR (cura nível um para o grupo) ou GISAR (cura de nível dois para o grupo), exceto no caso de magias que afetam o grupo todo em qualquer nível, como ZAN, e que por esse motivo dispensam o prefixo SA. Porém, no PSIII  americano, a magia que cura o grupo inteiro erroneamente chama-se GIRES, quando deveria ser SAR. Se formos fiéis, vamos repetir esse erro.

No PS1 original em japonês (assim como em inglês e em português) as magias têm nomes um pouco diferentes do resto da série: THUNDER, FIRE e WIND. Nos outros jogos, em todas as línguas, usa-se TSU, FOI e ZAN, respectivamente. Acontece que em PSG1 houve uma mistura das duas terminologias. Isso já tornaria complicado traduzir os nomes fielmente, pois geraria coisas escabrosas como GIGELO (ou pior: GELO1 GELO2 GELO3), e para piorar o jogo inventou um prefixo RA para a cura que atinge a todos os personagens (RAHEAL, de Lutz). Pela lógica do resto da série, RA não existe, e o correto seria SAR, que cura o grupo todo.

Resumindo: se formos “fiéis ao original” vamos continuar a zona que a SEGA fez. É melhor fazer algumas alterações agora para tornar a nomenclatura mais consistente, até porque há planos de traduzir o PSG2 também, e depois de retraduzir os jogos originais também.

Vale lembrar que ainda temos uma limitação de quatro caracteres para os nomes das magias. Acredito que essa limitação logo será superada, e então poderemos implementar a nova nomenclatura. Do contrário, vamos ter que apelar para outros nomes bizarros 🙂

Quanto aos nomes dos personagens, é normal que nomes sejam adaptados quando obras de ficção são traduzidas, logo, não há nada de mais em traduzir Tyrone por Odin. Já nos acostumamos com Odin, e vou continuar usando. No caso de Noah virou Lutz porque os dois nomes aparecem na série em inglês. Lutz aparece mais vezes e em jogos mais recentes (PSII e IV), e o nome Noah causa um problema em PSII, quando surge a espaçonave Noah, que nada tem a ver com o mago. Fica, então, Lutz.

No PSI do Master System, aqui no Brasil e nos EUA, temos Cola e Burger. No Japão era ruoginin (uma bebida numa garrafa esquisita) e perolymate (tipo uma barra de chocolate). Já no PSG1 temos esses dois itens e mais um, que é justamente o Trimate, ou seja: os caras não sabiam se criavam um item PIZZA para bater com Cola e Burger ou se mudavam tudo para monomate, dimate e trimate. Pois eu vou partir de vez para monomate, dimate e trimate para manter a coerência.

PSG1: começa a segunda etapa da tradução!

Como eu já falei quinhentas vezes, o Jorge está lá no Japão passando o texto do PSG1 para o português (ontem mesmo ele estava traduzindo as falas de Bortevo) e o bonitão aqui vai pegar o texto dele, reescrever para ficar mais redondinho e revisar. Eu andei meio atarefado com um outro trabalho, mas ontem finalmente comecei a trabalhar na tradução.

São 53 arquivos de tamanhos variados. O primeiro é só o texto que a Alis fala ao tentar entrar em Eppi sem a bússola. O segundo tem a abertura e todo o texto de Camineet. O curioso é que além das falas de Alis e dos habitantes, que você pode ler logo no início do jogo, o arquivo também tem as falas de quando você volta à cidade com outros personagens. Tem até uma fala que você só vai ver no jogo se voltar a Camineet depois de derrotar Lassic. Interessante.

Caramba, como japonês usa exclamação! Acho que vem daquele jeito enérgico deles de falar. Na tradução eu estou dando uma reduzida nas exclamações. Mas fiquem calmos, não estou acabando com o original! As exclamações continuam onde parecem adequadas. Para vocês terem uma ideia do exagero, olhem só esta frase:

Você precisa de uma chave para abrir portas trancadas!

Tá bom, cara, não precisa gritar! Ou será que ele está alegre? “Você precisa da chave! Iúpi! Que legal! Adoro chaves!” Ponto final nele! 🙂

Volta e meia o Jorge tem umas tiradas boas nas traduções. Eu pedi a ele que se preocupasse apenas com o sentido, e que se sentisse livre para escrever quaisquer notas relevantes. As observações dele estão ótimas:

Vocês merecem as mais altas glórias! (NT: Fala de samurai, depois tenta achar uma tradução melhorzinha XD)

Que tal “Rapaziada, hoje a cerveja é por minha conta”? 🙂

Que coisa gozada, se a Alis tenta conversar com um dos guardas que tomam conta da saída de Camineet, ele pede desculpas pela confusão, mas diz que tem que garantir o emprego dele! Caramba, o guarda que matou o Nero pede desculpas, que bizarro… o guarda de cima diz “Pode sair da cidade, mas não arranje encrenca por aí!”. Acho que ele também está meio sem jeito, e por isso deixa a Alis sair — afinal, Camineet está em estado de sítio.

Quando a gente traduz um texto é impossível obter um consenso. Sempre tem quem prefira que uma determinada frase seja traduzida diferente e coisa do gênero. Nesta tradução as coisas não são diferentes. Por exemplo, em Phantasy Star nós estamos acostumados a coisas como “AW342”. O “AW” é uma espécie de “depois de Cristo”. Na verdade, segundo o Compendium, significa “After Waizz”. Waizz foi o rei que unificou Palma. O ano da unificação é o ano um. Sei que alguns estão acostumados ao AW, mas decidi traduzir “AW” por “d.W.” (depois de Waizz). “BW” (Before Waizz), por sua vez, passa a “a.W.” (antes de Waizz). Portanto, cuidado para não misturar as estações!

Além do mais, aqui no Brasil o a.C. e o d.C. são escritos assim, apenas com o “C” de “Cristo” maiúsculo, e com pontinhos, sendo colocado após o ano. Logo, AW342 vira 342 d.W.

Sempre que tiver que tomar uma decisão desse tipo sobre a tradução eu vou consultar a comunidade. Se as opiniões não me convencerem, mesmo que sejam maioria, eu sou um ditador e vou manter a minha decisão 🙂 Se me convencerem, eu mudo. Se a maioria contrária for esmagadora, mesmo que eu discorde vou acatar a vontade do povo. Não é possível que quinhentas pessoas xingando em coro a minha teimosia estejam enganadas! No caso do AW, eu optei por traduzir, então perguntei ao pessoal da Lista de Algol e do Orkut o que achavam. Alguns gostaram, outros não, logo, prevaleceu a tradução por d.W.

O próximo arquivo tem o texto de Parolit. Quando eu concluir a tradução dele venho contar mais curiosidades para vocês…

PSG1: Editando imagens

A tradução de PSG1 segue a todo o vapor. Como eu já mencionei em outro post, alguns itens de menu são imagens, e não textos, e para traduzi-los nós vamos ter que extrair as imagens e editá-las. Parece que o nosso “fera” nessa área é o Rodolfo, mas o Ignitz andou brincando também, então só a título de curiosidade, vejam só o que ele tirou da ISO:

psg1-imagem_extraida

Quem acha que a gente deve colocar um bigodinho no Noah e uma barbicha no Odin levante a mão! 🙂

PSG1: só informando…

A tradução de PSG1 segue em frente!

Como eu disse, o Ignitz quebrou a compressão, e vocês já encontram o documento que ele preparou explicando como a compressão funciona lá na seção de downloads da Gazeta de Algol.

Além disso, Mr. RodolfoRG preparou o descompressor (que também já está em nossa seção de downloads), como eu já disse, e já está trabalhando no compressor para a gente colocar o texto de volta depois. Eu já extraí um monte de texto, e o Jorge não está nem dormindo lá no Japão só para a gente aprontar logo essa tradução.

Há mais alguns desafios a vencer, mas com certeza a pior parte já passou. Os próximos desafios incluem:

  • Mudar as fontes: o alfabeto ocidental está na ISO, só que não há acentos. Além disso, ele está presente em formato largo, ocupando muito espaço na tela, o que é especialmente ruim nos menus, onde o espaço é limitado;
  • Alguns itens do menu não são textos, mas sim imagens (tipo letras desenhadas). Felizmente estão em um formato conhecido, e o Rodolfo sabe extraí-las para que possamos alterá-las “na munheca”;
  • Embora o Jorge já esteja trabalhando na tradução, o texto ainda não está no formato final. Ainda falta criar o programa que vai extrair o texto num formato em que ele possa ser inserido depois. Pelo que eu entendi, isso não é exatamente um bicho de sete cabeças, mas é bem trabalhoso e vai exigir um saco laconiano gigante da parte de um de nossos amigos rom hackers.

Tudo isso vai ser resolvido eventualmente, porque puxações de saco à parte, o Rodolfo e o Ignitz são verdadeiras feras. Só que eles ainda têm bastante trabalho pela frente… e vamos que vamos!

Tradução de PSG1: o descompressor está pronto!

O RodolfoRG acaba de me informar via MSN que o descompressor do texto do PSG1 está pronto! Falta fazer a ferramenta que extrai o texto num formato “bonitinho” para traduzir (agora está cheio de código no meio) e criar o compressor para pôr tudo de volta depois. O Rodolfo está trabalhando nisso.

Ele mandou para mim um dos arquivos que fazem parte do “pacote” event.dat. O event.dat supostamente tem todos os diálogos do jogo, e contêm vários “arquivinhos”. O primeiro deles, que o Rodolfo me mandou já sem a compressão, tem o texto da abertura completo (na ISO comprimida só metade do texto aparecia) e todas as falas de Camineet, incluindo as que só aparecem quando você volta lá com o Myau ou depois de derrotar o Lassic, por exemplo. Quem confirmou isso para mim foi nosso correspondente internacional, o Jorge 🙂 Vou colocar esse texto adicional de Camineet na Gazetopédia para o Jorge ir continuando a tradução.

Quando eu mexi na ISO vi que os nomes de itens e magias estavam sem compressão em um outro arquivo, mas não consegui alterar as entradas de menu como “Item”, “Magia” e afins. Tudo leva a crer que na verdade essas coisas estejam não como texto, mas como imagens. O Rodolfo deu uma olhada e disse que pelo que ele viu, se for mesmo o caso, demos sorte porque as imagens estão em um formato conhecido e podemos alterá-las também.

Depois eu posto algumas informações sobre como será o processo de tradução. Aguardem…

Tradução do PSG1: Excelentes notícias!!!

Os últimos dias têm sido de grande euforia para o nosso projeto (até então louco e totalmente sem-noção) de traduzir PSG1. Eu, que não manjo nada de rom hacking, comecei trabalhando sozinho no projeto, e meu grande amigo Felix do PO.B.R.E foi me apresentando um monte de figurões do cenário de rom hacking. Aí a coisa começou a mudar de figura…

Como vocês já devem saber, o texto do jogo está comprimido na ISO. Nessa situação, seria possível apenas traduzir os nomes dos itens e das magias, que não estavam comprimidos. A não ser que algum gênio quebrasse a compressão, não havia muito que se pudesse fazer.

Não se anima não que é montagem :-)
Não se anima não que é montagem 🙂

Pois vejam só, o gênio apareceu 🙂

Nesta semana, o rom hacker ídolo da galera de Algol, Ignitz, finalmente quebrou a compressão. Foram dias trabalhando e virando a madrugada para que ele sacasse a lógica da coisa. O trabalho é digno de aplausos, e acho que vamos todos passar o resto da vida puxando o saco dele.

O Ignitz, que vem trabalhando no hack de Final Fantasy X, não apenas quebrou a compressão como ainda documentou o processo e disponibilizou um PDF explicando o truque (que logo estará disponível na seção de downloads da Gazeta de Algol), abrindo as portas para que outros rom hackers também brinquem de Deus com o PSG1.

O que isso tudo significa? Significa que agora é preciso desenvolver o descompressor, o programa que vai descomprimir o texto com base no trabalho do Ignitz. E temos uma fera trabalhando nisso agora: nosso amigo RodolfoRG, o típico sujeito que está em todas mas é tímido e nunca aparece nos créditos 🙂 Uma vez que o descompressor esteja pronto, o texto será extraído e o trabalho de tradução terá início. Se vocês descobrirem o telefone do cara, espalhem para a gente ligar dia e noite ameaçando ele de morte se não concluir o trabalho!

Parte do texto já vem sendo traduzido pelo glorioso Jorge lá na Gazetopédia. Ele está de férias até abril e disse que não se incomoda de passar alguns dias acorrentado e sobrevivendo à base de pão e água na frente do PC, traduzindo — bom, não foi bem isso o que ele disse, mas ele vai ajudar 🙂 Assim que extrairmos o texto eu vou passar para ele continuar traduzindo, preocupando-se apenas com o significado do texto, e não com a forma.

A seguir eu vou pegar o texto traduzido pelo Jorge e “aparar as pontas”, reescrevendo as frases para que o texto soe mais natural. Ao fim do processo, esse texto que eu vou preparar será incluído na ISO. Nossos poderosos rom hackers Ignitz e Rodolfo estão trabalhando e espero ter boas notícias para vocês em breve.

Assim que o Rodolfo prepara o descompressor eu venho contar para vocês. Obrigado a todos pelo apoio e saudações algolianas!

PSG1: traduzindo as magias

Você que acompanha o blog já sabe que começamos um trabalho louco-insano-alucinado-viajante-na-maionese de tradução do Phantasy Star Generation 1. Também já sabe que a versão 0.1 vai trazer menus, magias e itens traduzidos.

Pois bem, dispomos de apenas quatro letras para o nome de cada magia: não há espaço para mais letras. Colocando as coisas de maneira simples, cada caractere japonês equivale a uma sílaba inteira, e com isso eles podem usar nomes maiores que os nossos, já que quatro letras emitem oito (ou mais) sons.

Como vamos ter que adaptar os nomes, reuni numa página da Gazetopédia os nomes originais em japonês, os nomes que encontrei traduzidos na internet para o inglês e minhas sugestões de tradução.

PSG 1 usa nomes como Do-Heal, Gi-Heal e Na-Heal. Quem jogou outros jogos da série vai lembrar dos clássicos RES, GIRES e NARES, por exemplo. Esses prefixos (Do, Gi e Na) indicam o poder da magia. Minha sugestão é usarmos números para separar os níveis de magia, como CUR1, CUR2 e CUR3. Não podemos nos dar ao luxo de usar duas de nossas quatro letras para designar o poder da magia, e se usarmos só a primeira letra do prefiro teríamos DCUR, GCUR e NCUR, uma baita confusão de letras.

Como eu disse, é apenas uma sugestão. Quem tiver alguma outra idéia, pode postar nos comentários deste post. Não tenha medo de postar, lembre-se: quando uma idéia surge ninguém sabe se ela é idiota ou genial. Toda idéia genial parece idiota quando surge; aí ela dá certo e vira genial 🙂

Também optei por manter a “compatibilidade” com o PS1 original. A magia Teleporte de PSG1, por exemplo, não virou “TELE” para evitar confusão com a TELE do PS1 original. Troquei para VOA, que era a magia que desempenhava essa função no Master System.

Visite a página da tradução das magias.