Uma leitura de Phantasy Star II: a tela-títuloHá tempos eu venho tentando emplacar uma jogatina de Phantasy Star II, mas não consigo. Começar eu até começo, mas logo no início, lá pela parte de coletar a dinamite, eu acabo perdendo o pique.
Pois bem, entrei de férias na segunda-feira e decidi investir nisso. Comecei a jogar agorinha, às três da matina, e só de ver a abertura já me deu uma vontade louca de falar sem parar sobre o jogo. Como a sortuda da minha esposa já está dormindo, os azarados são vocês, que vão ter que ler esta lenga-lenga, he he!
Pois então, aí vão as minhas impressões sobre a tela de abertura de Phantasy Star II. Se vocês curtirem eu continuo o papo furado em outro post.
A tela-título do Phantasy Star II é super intrigante e abre espaço para mil e uma interpretações. Presumo que muita gente vá buscar a história da gênese de Algol lá em Phantasy Star IV para argumentar que as duas mulheres da abertura seriam a Grande Luz e a Escuridão Profunda. É uma explicação coerente e válida, mas honestamente eu acho que essa história toda só foi inventada quando a equipe começou a trabalhar no PSIV, anos depois.
Como geralmente eu prefiro a explicação mais simples, estou mais inclinado a acreditar no que estou vendo: duas mulheres vermelhas e gigantes brincando de bolinha de gude com os três planetas do sistema Algol ^_^
Brincadeiras à parte, dá para extrair um bocado de sentido disso. Por exemplo, o tamanho gigantesco das mulheres faz com que os planetas pareçam pequenos e insignificantes diante delas. A posição dos planetas, cercados pelas duas mulheres, me faz deduzir que o sistema Algol está sujeito aos caprichos dessas duas entidades. Isso me leva a pensar que as duas são deusas, sim, mas vocês podem interpretar essa coisa de deusas de maneira bem ampla, como “acaso”, “destino”, “forças externas”, ou no sentido tradicional de divindades mesmo.
Ainda que não sejam deuses no sentido convencional da palavra, o supercomputador Mother Brain (acima) e o demônio ancestral Dark Force são entidades controladoras que estão muito além da compreensão de Rolf e seus amigos
Não gosto de ser muito específico nas minhas interpretações, mas se vocês acreditam que as duas mulheres são a Grande Luz e a Escuridão Profunda, essa é uma interpretação totalmente compatível com a minha linha de raciocínio. Mother Brain e Dark Force também se encaixam nesses papéis, se vocês preferirem. O fato é que não importa muito quem são essas mulheres misteriosas, mas sim o que elas nos apresentam: um quadro no qual os rumos de Algol são ditados por forças externas e de imenso poder. Essa visão é plenamente coerente com o que o jogo nos apresenta, e acredito que minha interpretação não esteja muito longe do que os criadores de Phantasy Star II tinham em mente quando bolaram essa imagem maravilhosa.
E vocês, o que pensam disso tudo? Alguém interpreta essa imagem de abertura de outra maneira?
9 Comments
Acho que são mesmo a Grande Luz e a Escuridão Profunda, pois se olhar a imagem tem uma das deusas com um olhar mais “maligno” , que seria a da esquerda e a da direita com um olhar mais sereno.
Olhe as faces delas, assim como o amigo LIMÃO hahaha postou, é o detalhe mais marcante, pode ir mais além, equilíbrio do universo, bem e mal controlando algol…enfim
Puxa, adoro Phantasy Star II e mesmo assim não havia reparado que as expressões faciais das mulheres eram diferentes. Notem também que a mulher “boa” (a da direita) tem a mão com a palma para cima, enquanto a outra, para baixo. Em linguagem corporal, palma da mão para baixo é sinal de controle (lembrem-se da saudação nazista).
Mas para mim as mulheres nada mais são do que duas metades do cérebro-mãe. No combate final, nota-se que o cérebro-mãe se parece com duas mulheres, uma atrás da outra, fazendo parecer uma mulher de quatro braços.
Foi interessante a tese sobre a “cérebro-mãe”. As duas mulheres seriam as duas faces dela: uma face é aquela que cuida do planeta, facilita a vida dos seres-vivos, e, a outra face é aquela que controla, oprime e prepara tudo para a posse dos terráqueos.
Realmente, a ideia sobre a Grande Luz e a Escuridão Profunda parece ser até mais atraente, porém, como o autor do artigo mencionou, essas entidades foram inventadas posteriormente, no PS IV.
Eu sempre achei que fosse cérebro-mãe e seus dois lados na história…
Já falei lá no grupo que são as deusas do RPG YS!
Brincadeiras a parte, creio que só estão lá por questão estética dos produtores, acho que nem a própria SEGA sabe do que se trata pra ser honesto. Agora dá par supor também que as duas sejam a Motherbrain. vale lembrar que no combate como podemos ver na imagem que vc postou Orakio, ela possui 4 braços. OU seja poderia ser sim a junção da parte “boa” e “má” que aparece na tela de titulo, o que seria interessante pois dá um aspecto mais humano ao vilão.
Caramba, nunca tinha reparado os detalhes dos olhos… Acredito que a teoria da Motherbrain seja real.
Por causa deste post, fui fazer uma pesquisa e esbarrei no post que relaciona comunismo com PS2. Loucura!
Ah, compartilhe mais das suas impressões.
Esperando por mais textos assim, Orakio…
E não se esqueça de ver o jogo e pensar no jogo como um Desconstrutor…
🙂
YoZ vai desconstruir o PS2 e descobrir os reais motivos da tela-título rs.
Sugestão, parece que pode ter algo a ver com a teoria de gaia, hipótese de gaia, mas é um devaneio apenas.
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