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Phantasy Star, série clássica — Guia para novatos

Caiu de paraquedas na saga Phantasy Star? Está interessado em conhecer melhor a saga algoliana mas não sabe por onde começar? Então este guia foi feito para você!

Como nosso índice de jogos mostra, a franquia Phantasy Star é composta por dezenas de títulos. Para facilitar, aqui na Gazeta nós dividimos esses jogos em dois grupos.

Série clássica x nova geração

A série clássica é composta pelos quatro jogos numerados lançados para o Master System e o Mega Drive nas décadas de 80 e 90. São eles:

  • Phantasy Star (Master System, 1987)
  • Phantasy Star II (Mega Drive, 1989)
  • Phantasy Star III — Generations of Doom (Mega Drive, 1990)
  • Phantasy Star IV — End of the Millenium (Mega Drive, 1994)

A nova geração começa com o lançamento de Phantasy Star Online para o Dreamcast em 2000 e inclui todos os jogos lançados desde então para os consoles mais modernos, passando por Phantasy Star Universe, Phantasy Star Portable e outros títulos, a maioria envolvendo algum tipo de jogatina online.

A série clássica e a nova geração são independentes uma da outra. Embora compartilhem elementos comuns, como alguns nomes, raças de personagens e outras referências, aparentemente não há ligação entre os dois universos.

Este guia trata da série clássica ou da nova geração?

Só da série clássica. Não tenho conhecimento suficiente sobre os jogos da nova geração para fazer um guia sobre eles, mas se você tiver e quiser escrever um me avise!

São quatro jogos... se eu jogar um só vou ficar boiando?

Não, os quatro jogos se sustentam muito bem de forma independente. Se quiser, você pode jogar só o Phantasy Star II, por exemplo. Você pode jogar qualquer título da série clássica de forma isolada e entender perfeitamente tudo o que está acontecendo. Porém, embora as histórias funcionem de forma independentes, os quatro jogos são parte de uma mesma cronologia. A trama vai ficando mais encorpada a cada jogo, e quem jogar os quatro em sequência certamente vai ter uma experiência mais memorável.

Mas eu só quero jogar um mesmo. Qual você recomenda?

Vou falar brevemente sobre cada jogo, partindo do princípio que você ainda não tenha jogado nenhum. Vou destacar as qualidades de cada um para que você veja com qual se identifica mais. Pode ler tranquilo que eu juro que não tem spoiler no texto.

Phantasy Star I

Tem ambientação tecno-medieval, misturando espadas, cavernas escuras e elementos mitológicos a pistolas laser e espaçonaves. Os personagens são carismáticos e o jogo brilha nas missões genuinamente interessantes que apresenta ao jogador: não temos o clássico “encontre os cinco cristais sem graça”, aqui os itens e equipamentos a serem encontrados são fascinantes por si só e se encaixam de forma convincente na história. A aventura se dá em três planetas grandes e cheios de pontos de interesse. Ótima pedida para quem quer uma trama simples mas recheada de momentos memoráveis do início ao fim.

Dá para salvar a qualquer momento (menos durante batalhas). O jogo em si não é difícil, os labirintos em primeira pessoa é que complicam, mas com os mapas da Gazeta de Algol você tira de letra. Usando um guia dá para zerar em um dia, se você começar cedo. Os fãs de Final Fantasy vão me matar por dizer isso, mas o jogo é claramente superior aos concorrentes da época, então vale uma espiada mesmo que você não curta os primeiros títulos das séries Final Fantasy e Dragon Quest.

Phantasy Star II

O primeiro jogo da série para o Mega Drive muda totalmente a ambientação, com trama cyberpunk repleta de pequenas e grandes tragédias. Passado mil anos após o primeiro jogo, mostra como um supercomputador inteligente transformou Motávia, o planeta do deserto, em um paraíso verdejante. Claro, o tal computador começa a dar pra trás e logo o sistema Algol inteiro começa a cair aos pedaços.

É disparado o mais difícil da série: só dá para salvar nas cidades, os labirintos têm um design infernal e os inimigos são pedreira pura. Via emulador, com mapas e save states dá para zerar fácil, mas fica o aviso para quem jogar “na raça”. Traz a personagem mais popular da série (Nei, cruza de humanos e biomonstros) e tem a trama mais forte, cheia de acontecimentos terríveis e de enormes proporções, que refletem diretamente nas partes III e IV. O final é tido como um dos mais surpreendentes e bizarros da história dos RPGs. Pessoalmente, é meu favorito da série, e é figurinha fácil em lista de melhores jogos de todos os tempos de vários sites e revistas famosas. Saiu para o iPhone outro dia, pode ser uma boa pedida para os donos do aparelho.

Phantasy Star III

Este é meio que a ovelha negra da família. A equipe de desenvolvimento mudou, e o jogo é bem diferente dos outros. A ambientação pega forte no lado medieval, com toques de tecnologia. Só lá para o final é que a história se liga à trama principal da série e você vai sacar que é um Phantasy Star mesmo, mas só vai pescar a referência quem tiver terminado Phantasy Star II. Com isso, muitos fãs da saga reclamam pelo fato do jogo não parecer parte da saga. Ainda assim, o design dos personagens é de altíssima qualidade, a trilha sonora é fabulosa e a trama feudal, com uma guerra interminável entre duas facções, é muito envolvente. Um RPG de primeira.

A aventura se estende por três gerações e você escolhe com quem vai casar, tendo filhos diferentes que vivem aventuras diferentes e levam a quatro finais. Se você vai jogar só um jogo, não recomendo que jogue este, pois ele não conta com vários dos elementos que definem a série, a não ser que você curta muito o estilo medieval. Mas se estiver jogando em ordem, não pule este: vai fundo que eu garanto que o jogo é esquisitão mas é ótimo.

Phantasy Star IV

É o mais redondinho da série, uma superprodução com gráficos espetaculares para a época, especialmente nas batalhas e nas ceninhas especiais. A música também é excelente, e a trama é de alto nível. Mais uma vez, os personagens são um trunfo: além do ótimo design, que referencia heróis dos jogos anteriores, suas personalidades são muito mais desenvolvidas aqui do que nos títulos anteriores. Este talvez seja o melhor jogo para quem quer jogar apenas um título da série, já que é o mais bem produzido, tem dificuldade balanceada e trama bem movimentada e é Phantasy Star “na veia”, em contraste com Phantasy Star III.

Como a parte técnica é muito caprichada, PSIV é uma ótima opção para quem fugiu dos títulos anteriores por causa de limitações gráficas ou outras questões relacionadas. Mas se você tem planos de jogar os outros, recomendo que deixe PSIV para o final, já que ele vai buscar personagens e elementos dos jogos anteriores para “amarrar” a história, fechando a trama principal com chave de ouro. Dos quatro, talvez seja o mais fácil de zerar sem guias, já que os labirintos não são muito complicados.

jogos/guia_para_novatos.1284837925.txt.gz · Última modificação: 2010/09/18 12:25 por orakio

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