A GAZETA DE ALGOL

"O morto do necrotério Guaron ressuscitou! Que medo!"

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Capítulo 15

Por James Maxlow e Mike Ripplinger
Traduzido por Vovô Dorin

A pequena cidade de Loar era o ponto de parada da jornada deles. Situada no meio do caminho entre o túnel subterrâneo e Albion, eles se permitiram passar uma noite de descanso livre dos ataques dos monstros. Myau ainda estava cansado depois da sua prova, e todos concordavam que seria melhor ficar em Loar durante a noite.

Como a maioria dos povoados, Loar foi atingida duramente pela nova política linha dura de Lassic. Ela era uma próspera cidade turística, mas agora nenhum estrangeiro honrava suas casas. Como tal, houve uma grande excitação quando os quatro viajantes entraram pelo portão principal; o prefeito e alguns de seus assessores saíram para recebê-los.

“Bem-vindos, bem-vindos à cidade de Loar, o maior centro da cultura de Palma! Por favor, fiquem um pouco e experimentem todas as iguarias que a nossa cidade tem para oferecer!” Um homem um pouco grande demais, o prefeito parecia bastante cômico tentando promover um povoado que obviamente estava entrando em decadência. Alis conduziu-os.

“Olá pessoal, nós estamos viajando para a distante Albion, e nós estamos procurando por uma confortável pousada. Poderia nos prover com tal, senhor?” perguntou ela.

“Claro, claro,” o prefeito respondeu, “você não encontrará melhores acomodações em todo o ocidente de Palma. Certamente vocês visitarão a nossa deliciosa taverna também, eh? Vocês todos parecem muito cansados e seria melhor se banquetearem com as nossas iguarias nativas!”

Alis lançou um sorriso de esguelha para Odin, que estava tentando forçar um sorriso também. Todos aqui sabiam que era uma desesperada tentativa de vendas, mas eles cooperaram o tempo todo. “Nós adoraríamos experimentar o que você tem a nos oferecer, ah… senhor…”

“Yancy,” o prefeito finalizou, “Prefeito Yancy.”

“Bem, então, Prefeito Yancy, se você somente nos levar para a sua pousada, nós poderemos descarregar nossas mochilas e visitar a sua taverna.”

“Excelente, excelente! Meu empregado aqui levará vocês aos seus quartos… e então eu mesmo pessoalmente acompanharei vocês para o jantar, eh?” O prefeito ajeitou o seu paletó, sorrindo.

“Igualmente,” disse Alis, “eu estou certa de que você tem muitas tarefas para fazer… e nós estamos muito cansados da nossa jornada e poderíamos não ser boas companhias esta noite. Nós teríamos um jantar melhor sozinhos.”

O sorriso do prefeito diminuiu um pouco. “Oh, mas é claro. Perdoem-me pela minha insistência.” Subitamente, seu sorriso retornou com força total. “Então eu convido vocês para o café da manhã, portanto! Amanhã de manhã é claro!” Com isto, o prefeito se virou e caminhou para longe alegremente, deixando apenas um de seus assistentes para trás. Noah ria enquanto Alis virava seus olhos para ele, e os quatro seguiram o atendente para a pousada local.

- - -

A refeição que lhes foi servida era muito diferente de qualquer coisa que Alis já tivesse visto antes. Parecia com um tipo de bife, de cor rosa, rodeado por uma substância gelatinosa azul escura. No lado do prato, havia algumas coisas que ela juraria terem a forma de olhos de algum animal. Ela espetou vagarosamente seu bife com o garfo várias vezes, como se fosse garantir que a coisa estava morta. Seu apetite estava diminuindo enquanto ela tomava um gole do suco que o garçom trouxe. Ao lado dela, Odin estava devorando ferozmente o prato… em minutos, era óbvio, ele pediria outro prato. Myau estava apenas fitando o seu prato, imóvel e não acreditando. Noah mordiscava um pedaço de pão, o único alimento reconhecível na mesa.

“Garçom!” chamou Alis. O garçom se aproximou da mesa deles. “Hum, o que é exatamente isto no… ah, como você chamou isto… Temprasan?”

O garçom postou-se de pé, sem expressão, enquanto ele dizia os ingredientes. “Carne de polvo levemente cozida, no meio de um fundo de água-viva manchada, rodeado de ovos de caranguejo. Algum problema com o prato, madame?” Alis olhou para ele, congelada.

“Não… nós apenas queríamos… um pouco mais de pão… por favor…” disse ela. Sua voz estava difícil de ouvir, e suas mãos estavam começando a tremer.

“Outro prato, senhor,” interrompeu Odin enquanto ele entregava seu prato vazio. “E não poupe o caranguejo.”

“Sim, senhor,” respondeu o garçom enquanto pegava o prato. Ele retornou para a cozinha.

Alis, Myau e Noah estavam todos de boca aberta encarando Odin enquanto ele bebia seu suco. Colocando a caneca de volta na mesa, ele percebeu que estava sendo observado. “O que houve?” perguntou ele inocentemente.

- - -

Na manhã seguinte, depois do café da manhã com o prefeito (ovos de Wing-Eye fritos e tiras de Dead-Tree manchado; Alis, Myau e Noah ficaram com fome) Alis e companhia estavam arrumando seus pertences; preparando-se para ir. Um dos assistentes do prefeito entrou sorrateiramente no quarto de Alis, onde todos os quatro heróis estavam reunidos.

“Eu ouvi algumas coisas sobre vocês,” ele começou. “Disseram que procuram destruir Lassic…”

Sem saber se acredita ou não no assistente, Alis foi cautelosa. “Onde você ouviu isso? Eu não consigo imaginar como alguém poderia estar espalhando tais rumores sobre nós…” Ela olhou-o seriamente.

“Eu pertenço aos movimentos da resistência… de qualquer jeito eu era… nós recebemos recentemente um visitante de Eppi, e ele me descreveu uma garota, um guerreiro, e um gato os quais procuravam arrancar pela raiz o mal de Lassic. Obviamente vocês são eles…”

Alis aprofundou-se com cuidado. “O que o levou a falar conosco sobre isto? Você poderia nos ajudar de algum modo?”

“Eu não tenho nenhuma novidade para vocês, lamentavelmente. As comunicações entre as cidades foram cortadas faz algum tempo… se não fosse pelo membro de Eppi, eu não saberia de nada… mas eu sei de algumas coisas que podem ser úteis para vocês.” Alis apontou para uma cadeira próxima enquanto sentou na sua cama. “Nossa cidade herdou a posse de uma grande arma chamada Bumerangue de Prata… um dos nossos caçadores resgatou-o de uma besta local… e eu tenho certeza de que seu amigo aqui poderia usá-lo bem.” Ele apontou para Myau enquanto puxava o Bumerangue da sua sacola. Era um brilhante amálgama de lâminas de aproximadamente um pé de comprimento; havia um punho no centro. Ele colocou-o na cama.

“Eu nunca vi um Bumerangue de Prata pessoalmente em toda a minha vida,” explanou Myau, “mas não há dúvida de que é um… isto certamente me permitirá obter um papel mais ativo em nossas batalhas…”

“Então nós somos gratos de tê-lo. Mas isto não pertence a sua cidade… a propósito, qual o seu nome?” questionou Alis.

“Meu nome é Sagel… e ninguém aqui irá reparar a ausência por um tempo… e quando notarem, eles ficaram felizes porque está em uso contra Lassic… apesar do prefeito vê-lo como uma forma de atrair mais turistas…” ele sorria enquanto falava. “Mas tem mais… você já ouviu falar de uma pedra chamada o Olho Âmbar?” A questão foi direcionada para Noah.

“É uma pedra de valor imenso… perdida em algum lugar de Motávia algum tempo atrás…”

“Sim, sim, é isto… eu estou certo de que poderia ter algum uso para vocês… com ela, nunca faltarão mesetas para suprimentos e armas… de qualquer jeito, me disseram que está com o Dragão de Casba…”

“O Dragão de Casba?!” exclamou Noah.

“Sim, me disseram que ele agora possui a pedra… se vocês puderem vencê-lo ele, ela poderá ser sua… não é nenhum incentivo, penso eu, ir para Casba em Motávia.” Sagel rapidamente se levantou. “Eu tenho de ir agora, o prefeito vai sentir minha falta… eu espero que eu tenha ajudado, e eu rezo para que vocês tenham sucesso na sua busca, por todos nós…” Alis levantou-se e apertou sua mão, e então ele foi embora.

Alis virou-se para Noah. “O Dragão de Casba?”

“Sim,” suspirou Noah, “uma besta má e poderosa que vaga a caverna próxima à Casba. Se ele realmente tem o Olho Âmbar, nós teremos uma grande dificuldade para obtê-lo. Os Espers Motavianos vem tentando evitar a muito tempo confrontá-lo…”

Odin levantou-se e colocou a sua mochila no ombro. “Nós não podemos ter medo das batalhas… se nós morrermos, que assim seja, mas nós temos de achar esta pedra se ela vai tornar nossa missão mais fácil.”

“Concordo,” foi somente a resposta de Alis.

“Nós não conseguiremos se nós deixarmos, amigos.” Myau, como sempre, era a voz da razão. “Nós ainda temos um longo caminho até alcançarmos Albion, e maior ainda antes de nós podermos resgatar Hapsby e levá-lo de volta para Luveno.”

“Sim, e nós temos de nos manter no nosso caminho. Vamos…” Noah levou-os para fora do quarto de Alis, e eles deixaram a pousada com a luz brilhante do sol da manhã.

- - -

Eles estavam indo bem até a etapa final da sua jornada quando aconteceu. De repente, em plena luz do dia no meio de um campo aberto, outra das criaturas morcego atacou. Ela veio voando baixo até em cima deles, cortando fora a proteção dos ombros de Alis facilmente. Enquanto ela se abaixava para o chão, a criatura subiu e circulou em volta; os outros três prepararam suas armas. Mas ela não retornaria para outro mergulho. Ela flutuou até o chão, e levantou-se nos seus todos oito pés de altura.

Desenhada pelo sol, ela estendeu suas asas e emitiu um grito agudo. Noah ajoelhou-se e tampou seus ouvidos, enquanto Odin esforçou-se para repreender o som com suas luvas. Antes de qualquer um saber o que estava acontecendo, Myau seguiu adiante, Bumerangue de Prata posto na boca. Ele então saltou no ar, uns bons dez pés em frente da criatura parada, e ela levantou vôo em sua direção. Em pleno ar, ele moveu sua cabeça levemente, cortando violentamente a besta com o Bumerangue. Ela estava morta antes de cair no chão, com as entranhas de fora antes disto. Myau aterrisou a salvo e, depois de se satisfazer verificando se ela estava realmente morta, ele retornou para os outros que estavam se recuperando lentamente do ataque.

Myau caminhou para o lado de Alis, que ainda estava deitada no solo, e soltou o Bumerangue da boca. “Alis, você está muito machucada?” ele perguntou.

“É apenas um pequeno corte… ungh… que golpe você deu lá…” disse ela enquanto fazia uma careta.

“O Bumerangue é uma arma perfeita,” explanou ele, “são poucas as criaturas que dizem que resistem à sua força.” Noah veio até eles e silenciosamente começou uma magia de cura.

“Eu espero que agora nós possamos ficar tranqüilos e levar você para todas as lutas, não é, Myau?” brincou Odin. Alis levantou-se, a magia fez a maior parte do seu trabalho.

Subitamente as chances apenas se tornaram muito melhores, como parece ser. “Vamos, garotos,” ela falou enquanto Noah novamente tomava a direção.

- - -

O portal de Albion estava diante deles. Este era o maior povoado nesta parte do planeta, apesar dele estar definhado pelas cidades gêmeas. Eles entraram e foram imediatamente surpreendidos pela beleza da cidade; embora ela demonstrasse os sinais da dificuldade econômica, de alguma forma os Albionianos ainda encontravam meios de manter sua cidade com um visual agradável.

Uns poucos residentes podiam ser vistos, correndo pelas pequenas travessas em direções opostas, como se cada um deles precisasse estar em algum outro lugar urgentemente. Os quatro seguiram adiante, buscando na área uma loja onde eles poderiam comprar o Polymeteral que eles precisavam para libertar Hapsby.

Alis estava examinando a travessa em busca de algum sinal que indicasse para eles a direção correta, quando ela sentiu uma mão agarrar o seu braço. Ela se virou, somente para ver uma mulher cuja face estava contorcida numa expressão de medo.

“Socorro! Lassic veio para esta cidade!”

Não! Nós não estamos preparados! Não ainda! Alis pensou desesperadamente consigo mesma.

fanworks/psultimate/epico/epico_015.txt · Última modificação: 2009/01/16 13:27 por orakio

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