A GAZETA DE ALGOL

"O morto do necrotério Guaron ressuscitou! Que medo!"

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O Destino do Agente - Capítulo 4

Por Mike Ripplinger, traduzido por Vovô Dorin

O Agente sentiu uma ânsia de vômito enquanto o fedor o atingia. O teleporte para Zema era fácil. A caminhada também. Agora vinha a aproximação final do complexo sanitário de Roron. Esta era a pior parte.

Não por causa do perigo. Não havia nenhum. Era porque o fedor era… Bem, era apenas muito sujo. Todo o lixo de Motávia era enviado para cá para ser transformado em energia e então redistribuído através de poderosos conduítes espalhados pelo planeta. Era um sistema realmente eficiente… ou pelo menos poderia ser se o governo deixasse ele funcionando nos níveis de eficiência de Cérebro-Mãe.

Mas o que realmente levou Rolf para lá era que atualmente algumas pessoas viviam em Roron. Ele tremeu com o pensamento de acordar com o cheiro de todo o lixo e esgoto de Motávia num único lugar, e então estava sonhando com os muffins que estavam prontos para serem devorados. Mais uma vez ele sentiu a ânsia.

Do lado de fora de Roron, existe uma ladeira que deve ser usada para se chegar ao topo. Roron era como uma pirâmide, construída pela metade, e terminando num plano onde havia duas pequenas cabanas. A porta da primeira cabanas estava completamente aberta. Rolf olhou para dentro e viu o TransTubo que enviava as pessoas para dentro de Roron ou as trazia de volta. Esta era para a pessoas que diariamente vinham e depositavam o lixo ou, se eles quisessem por algum motivo, para pegar alguma peça em particular do lixo antes do mesmo ser re-energizado.

Mas Rolf queria a segunda cabana, a que estava com a porta estava fechada e bem trancada. Não era realmente por motivos de segurança, apenas para marcar que a porta era “RESERVADA”. Esta cabana também tinha um Transtubo dentro, mas este levava para os setores residenciais de Roron, onde os trabalhadores de Roron viviam e trabalhavam.

A central de lixo era dividida em duas partes, e cada cabana levava para uma delas. A primeira cabana, a pública, simplesmente levava para a seção “Carregamentos Novos”, Departamento A-2, ou o departamento para o lixo que ainda vai ser movido para o B-2. A segunda cabana levava primeiro para o B-2, e então para o B-3, onde o lixo era enviado para o imenso energizador que ocupava todo o B-4. B-5 era onde ficavam os alojamentos dos residentes.

Rolf não teve de arrombá-la. Ele puxou uma chave e abriu a fechadura da Cabana B. Fechando e trancando a porta atrás dele, ele olhou para o TransTubo, tampou o nariz, e pulou dentro.

Ele selecionou a primeira parada, B-2. Aqui, trabalhando, estavam todos os residentes de Roron. Ali estavam três catadores de lixo, e outro homem que estava catando lixo agora, mas cujo principal trabalho era reparar os robôs e outras máquinas em Roron.

Um dos catadores se virou, sem ar. Ele olhou para o homem em frente a ele, o homem que salvou Algol de Cérebro-Mãe, e saudou-o. Rolf pensou que esta era uma reação estranha para um homem que já deveria estar acostumado a isto, já que ele trabalhava com o Mecânico e tudo mais.

O Mecânico virou-se então, e sorriu. Ele tirou as luvas, passou uma mão no cabelo púrpura, e olhou para Rolf com um sorriso. Rolf sorriu também, e então ambos riram e se encontraram no meio do caminho. O aperto de mão deles se transformou num abraço, e os Catadores de Lixo se retiraram para o TransTubo para uma pausa, para deixarem os dois homens sozinhos.

“Você está com uma boa aparência, Kain,” disse Rolf para ele enquanto eles se dirigiam para fora. Kain examinou Rolf.

“E você parece um monte de bosta,” brincou ele, e eles riram de novo.

“Como o novo emprego?” perguntou Rolf enquanto eles começavam a caminhar em direção ao TransTubo.

“Sim, é maneiro!” Quando Rolf encontrou Kain pela primeira vez, ele era um aspirante a Mecânico que quebrava qualquer coisa que ele tentava consertar. Ele se autodenominava de Destruidor. Depois de retornarem de Noah, Rolf se assegurou de que Kain ganharia um treinamento de Mecânico da qualidade dos Agentes. Kain saiu do treinamento um Mecânico, exatamente na hora em que muitos Mecânicos eram necessários para reparar e reconstruir. “Eu espero que eu, hã, possa retribuir isto a você,” Kain disse baixinho.

Rolf apenas acenou com a mão. “Não foi nada. Mas se você quiser me retribuir, você pode vir comigo.”

“O que houve?” Kain perguntou seriamente.

“Eu te conto no caminho,” disse Rolf, e pulou para dentro do TransTubo.

- - -

Quando ela destrancou a porta, sua boca se abriu e seus olhos se arregalaram em choque. Rolf encarou-a, seus olhos quase frios. Então sua boca se abriu, e um sorriso surgiu no seu rosto. Ele riu da exclamação dela de “Bem, isto é que é uma surpresa!”

“Olá, Shir,” ele disse contente, e aceitou o abraço que a Ladra lhe ofereceu. Rolf entrou na casa dela, do outro lado de Paseo em relação à dele, e Shir ofereceu a Kain um abraço também. Ele aceitou e ela o levou para dentro, fechando a porta atrás dela.

“Sentem-se!” ela disse para os dois, mas Rolf ficou em pé.

“Eu lamento que nós não estejamos aqui socialmente. Nós precisamos da sua ajuda.”

Ela cruzou os braços e franziu as sobrancelhas para Rolf. “Nós quem?” ela perguntou. “Os Agentes?”

Rolf balançou a cabeça, vendo ela se equivocar e se corrigindo. “Não, não.” Ele olhou para a poltrona. “Seria melhor eu me sentar.” Ele se sentou, e Kain fez o mesmo. Shir pegou uma cadeira da cozinha, girou-a, e se sentou.

“Um Guardião amigo meu, Kip, descobriu a localização do quartel-general dos Rebeldes. Eles estão se escondendo no antigo Laboratório de Biosistemas. Nós estamos preparando uma força de ataque para invadar e expulsá-los. 'Nós' somos Anna e eu. Esta força é composta por mim, Rudo, Anna, Kip, Kain, e, eu espero, você.” Shir ainda estava encarando-o. Depois de um longo silêncio, ela relaxou e descansou os braços nas costas da cadeira. O rosto escondido nos braços.

“Eu me livrei daquelas coisas de combate e de matar quando nós voltamos do espaço, Rolf. Você sabe disso.”

Rolf concordou e silenciosamente desejou que Kain não estivesse lá agora. Kain e Rolf eram amigos, mas Shir era absolutamente sua melhor amiga. Eles cresceram juntos em Paseo. Eles compartilharam tudo um com o outro. De muitas maneiras eles eram a verdadeira definição de “melhores amigos”. Algumas coisas que ele queria dizer para ele ele não poderia dizer na presença de Kain.

“Eu sei…” Rolf abaixou a cabeça. Kain olhou para Rolf, sua cabeça baixa, e para Shir, a cabeça dela também. Ele olhou de volta para Rolf e pensou consigo sobre o que o seu subconsciente estava gritando desde o segundo em que ele viu Rolf em Roron. Alguma coisa mudou em você, amigo. Eu ainda não tenho certeza sobre o que é isso mas ALGUMA COISA mudou. Você não é homem que era.

Shir aparentemente estava pensando a mesma coisa. Ela olhou para Rolf. Ele olhou de volta para ela. “Mas eu faria por você,” ela disse baixinho, bem baixinho, e sorriu. Rolf sorriu de volta. Ele precisava disso – uma pequena risada agora, e então, um sorriso ocasional… Tudo isto poderia ajudá-lo na longa jornada da sua recuperação mental. Sua cabeça ainda era assombrada com os restos do seu passado, principalmente com os eventos que ocorreram numa certa espaçonave há pouco mais de um ano. Shir sabia que ela tinha de ajudá-lo, e ainda que isso significasse lutar contra outros Palmanianos, algo que ela havia jurado depois do massacre em Noah, ela faria isto por Rolf.

- - -

“Então qual é o plano, chefe?” Kip perguntou à sua líder. Eles estavam todos na sala de Rolf. Ele e Anna estavam no começo da sala. Ele vestia um completo Traje de Carbono para Tumultos dos Agentes, e equipado com um par de pistolas, que estavam nos coldres em seu cinto. Anna tinha um par de AC Slashers nos coldres e vestia um Traje de Carbono para Tumultos também, mas não um como os dos Guardiões. Se eles iam trabalhar juntos e se teleportar ao mesmo tempo, eles não poderiam vestir uniformes dos Guardiões.

Rudo, Kip, Shir, e Kain estavam no lado oposto ao deles na sala. Rudo estava vestido como Rolf, e Kip e Kain estavam ambos vestidos como Anna. Shir apenas vestiu uma camisa de Carbono debaixo da sua blusa, e adagas entre os seus dedos. Kip portava um bastão ao seu lado, Kain portava uma Shotgun, e Rudo portava um imenso Energy Pulse Vulcan.

“Bem,” disse Anna, começando a responder a questão de Kip, “nós nos teleportaremos para Oputa, onde nós alugaremos um LandRover. De lá nós guiaremos até à floresta próxima às ruínas do prédio do Laboratório de Biosistemas, e, dependendo do tipo de armadilhas que eles tenham, tomaremos deles.”

“Soa bem,” disse Kain, acompanhado pelo som da sua Shotgun sendo carregada.

Rolf olhou para o seu time, e encontrou os olhos de Shir. Ela encarou de volta. A troca realmente não significava nada mesmo, pelo menos de forma consciente. Rolf soltou uma expressão de necessidade para Shir, e Shir replicou com conforto. Nem mesmo os pais biológicos ou adotivos de Rolf receberam um olhar destes. Era uma compreensão entre os amigos. Mas era inconsciente. Nenhum dos dois percebeu que eles fizeram isto.

“Vamos,” Rolf disse enquanto eles saíam.

“Chutar uns traseiros,” completou Kip com uma risada.

- - -

“Kip,” sussurrou Kain para o Guardião, “exatamente onde você obteve a informação de que os Rebeldes estavam escondidos aqui? Porque isto parece como se tudo estivesse totalmente sucateado.”

Kip disparou um olhar de desdém para Kain. “A informação veio das bocas de dois Rebeldes.”

“E por acaso lhe ocorreu que isto poderia ser uma armadilha?” Kain adicionou a última palavra de forma afiada, mas Kip o ignorou.

“Os Rebeldes estão aqui, Destruidor,” disse Anna, chamando Kain pela sua antiga profissão. “Eu… posso sentir isto.”

Eles ficaram no LandRover alugado e esperaram por algum tipo de sinal de que os Rebeldes estavam, de fato, lá. Rudo estava no assento do condutor, Rolf no de operações, Anna no de passageiro da frente, e Kain, Shir, e Kip nos de passageiros de trás. O LandRover estava estacionado na floresta próxima ao quartel Rebelde – o antigo Laboratório de Biosistemas. Eles foram bem devagar, Rolf procurando em todos os lugares por armadilhas bobas e outros meios de segurança. Nada. Curioso…

Apenas uns poucos minutos depois Anna disse que ela estava certa de que eles estavam lá, dois homens com uniformes dos Rebeldes se aproximaram da base. Uma vez que eles estavam a poucos passos do prédio, eles se abaixaram, abriram um alçapão escondido, e pularam para dentro de um TransTubo escondido.

“Bem, malditos sejam,” disse Rudo num assobio, impressionado. Todos saíram do LandRover e se aproximaram do alçapão. Uma vez lá, eles perceberam um ruído de fechadura na porta. Os Rebeldes deviam ter aberto a porta com o leitor de impressões digitais na parede.

“Para trás,” disse Kip enquanto ele puxava um punhado de explosivo plástico do seu bolso. O resto deles voltou para o LandRover enquanto Kip colocou um detonador no explosivo antes de jogá-lo no alçapão. O detonador sozinho causaria um pequeno show de luzes – fogos de artifício, em todos os sentidos. Mas o explosivo – feito com uma mistura de altas quantidades de nitroglicerina – explodiria tudo para o alto.

E o fez. Quando Kip voltou para o LandRover, ele olhou para o alçapão, e sussurrou as palavras, “Três. Dois. Um.” Com a sua próxima palavra veio a explosão. “Bum.”

“Vamos!” Rolf gritou para o seu grupo. Rudo e Kip entraram no alçapão primeiro, seguidos por Anna, que pulou para dentro dele.

Do outro lado do subterrâneo, Rebeldes vinham correndo freneticamente em resposta à explosão. Quando uma Guardiã – a líder dos Guardiões – veio voando através do tubo de entrada, eles foram pegos de surpresa completamente.

Ela lançou os seus AC Slashers na sala e rolou para trás do tubo, se espremendo em pé contra a parede. As armas derrubaram um par de Rebeldes, e no minuto em que Anna os pegou ela rolou para um novo abrigo e disparou-as de novo.

Foi quando Kain veio através do tubo. Os gritos e o barulho da confusão se juntaram com o BOOM ka-CHIK BOOM ka-CHIK BOOM da sua Shotgun. O próximo a vir foi Rolf, e a sala ficou cheia com fogo explosivo. Foi nesse momento que os Rebeldes finalmente resolveram tentar contra-atacar.

Rolf e sua unidade se retiraram facilmente.

- - -

“Shir…” começou Rudo, prendendo o seu Pulse Vulcan para perto de si, “Pule!”

A Ladra seguiu os olhos de Rudo para onde portas gigantes estavam abrindo na frente da base Rebelde, revelando seus próprios LandRovers: todos eles estavam completamente armados e blindados. Seus olhos se arregalaram e com um engasgo ela pulou para dentro do TransTube e o caos veio abaixo.

Kip deixou de lado o seu cajado e sacou um rifle. Cinco tiros no parabrisas do primeiro LandRover deixaram ele indefeso. Rudo apontou o seu Pulse Vulcan para a base apenas um instante antes de estar em frente ao LandRover. Enquanto o disparo se aproximava, o LandRover também, até que o disparo o atingiu, explodindo a frente do veículo e lançando Rebeldes no campo de batalha, onde Kip tirava-os de ação com os disparos do rifle.

Enquanto isso, logo abaixo, a maioria dos Rebeldes havia sido nocauteada e estava sendo amarrada em preparação para ser teleportada para a Torre Central para interrogatório e prisão. Rolf, Anna, Kain, e Shir exploraram as gigantescas ruínas do Laboratório de Biossistemas.

“Se lembra de alguma coisa?” Shir perguntou a Rolf. Ela ainda não havia se juntado a Rolf na sua missão desde quando eles desligaram permanentemente o Laboratório de Biossistemas, ou pelo menos até os Rebeldes virem.

“Um pouco,” foi a resposta de Rolf. Ele continuou a olhar em volta.

O lugar inteiro tinha um fedor de lixo. Mas havia mais, ou pelo menos pensava Rolf. Ele pensava que ele sentia um cheiro de maldade também. E se ele sentia, poderia isto tudo estar surpreendo ele? Este complexo era onde os cientistas que se aventuravam na clonagem fizeram pela primeira vez o cruzamento entre um humano e um monstro, ou mais precisamente, onde Cérebro-Mãe fez o cruzamento. A criatura era uma alma dividida em dois corpos, um humano e um monstro. Biomonstro. O Laboratório de Biossistemas foi imediatamente fechado. A criatura, Neifirst, fez outro meio humano/meio Biomonstro: Nei, a heroína que foi rejeitada pelo seu mundo. Rolf adotou-a, e ela se tornou a irmã que ele nunca teve.

E então Nei morreu, derrotada por Neifirst, na Batalha do Climatrol.

Mas Rolf nunca se recuperou realmente da morte. As pessoas que ele matou depois disso – Neifirst, Dark Force, Cérebro Mãe, todos os tipos de Biomonstros, os Terráqueos… – todos eles foram por vingança por Nei. Às vezes, as pessoas que se preocupam com Rolf ficam imaginando se o nível de quase-insanidade em que ele se encontra não foi devido às mortes das pessoas de Palma, mas devido ao número de execuções que ele cometeu um ano atrás.

Agora ele estava parado, seu rosto era uma máscara sem expressão, examinando o velho laboratório onde Neifirst foi criada originalmente. Ele pensava que isto deveria estar exatamente como estava antes, em ruínas, mas isto foi mudado pelos Rebeldes. Era mais uma vez um laboratório totalmente operacional, mas desta vez um laboratório químico no lugar de um biológico.

O Agente se aproximou de pote próximo. Estava completamente selado, e marcado como um produto químico perigoso. O símbolo de veneno estava nele, e também havia uma data junto com um código: F-5.

Isto não seria nada, se não fosse pelo fato de tê-lo encontrado próximo a uma caixa. Abrí-la não foi fácil; foi necessário um disparo. Dentro, selados por mais camadas de proteção, haviam mais potes de veneno marcado como F-5.

“Ei, Rolf,” chamou da porta Kain. Rolf se virou rapidamente, os olhos fixos em Kain. “Venha aqui.”

Rolf seguiu-o até uma pequena porta fora da sala principal por onde eles entraram. Abrindo a porta, foi revelado um cômodo do tamanho do outro por onde eles entraram, sendo que este tinha apenas estantes cheias com o mesmo tipo de caixa que Rolf encontrou no laboratório.

Kain o levou até onde Anna e Shir estavam, a Guardiã segurando um frasco rosa de um dos potes. “O que é isso?” ela perguntou. “Não me parece familiar. F-5…”

Os olhos de Rolf pareciam ter se tornado vazios por um momento, em pensamento. Observá-lo deu a Shir um terrível, assustador pensamento. Rolf, aparentemente, estava se tornando mais e mais parecido com um zumbi; sua vida completamente além do seu controle. E quem poderia censurá-lo? Ele perdeu a sua irmã, ele matou e matou, ele assistiu a um planeta morrer em uma explosão mortal…

Foi então que Rudo e Kip entraram voando no corredor principal dos Rebeldes pelo TransTubo. Rolf, Kain, Shir, e Anna correram para encontrá-los.

“O que aconteceu?” perguntou Rolf calmamente.

“Os LandRovers quase nos esmagaram,” vomitou Kip. “Nós saíamos no Tubo na hora.”

“Nós acabamos com alguns deles, também,” disse Rudo enquanto Rolf ajudava-o a se levantar. O Agente contou para o amigo Agente sobre a batalha deles e a descoberta do F-5.

“Então, qual é o próximo passo?” Shir perguntou a todos.

Rolf ponderou por um momento, então ele começou calmamente a dar as ordens. “Rudo, você supervisiona o teleporte dos prisioneiros para a Torre Central. Eles não vão gostar de serem escoltados pelo homem que eles querem como Rei mas a vida é dura. Anna, Kip – sumam. O Governador não se importará se vocês estavam aqui – ele me compreende – mas os outros Agentes não. Vão.”

Anna concordou. Ela abraçou Rolf e Rudo, e então foi com Kip em direção ao Elevador para voltarem à superfície. Eles retornaram para o LandRover e se teleportaram de volta para Paseo, onde eles poderiam reencontrar os demais Guardiões no seu quartel-general.

“Kain, Shir – vocês sintam-se à vontade para ficar e ajudar,” ele acrescentou. Ambos concordaram. Rolf acenou de volta e então foi até Rudo. “Mande alguns potes deste F-5 para a doca sete na Torre, por favor?”

Rolf se afastou depois disto, mas Rudo se virou para olhá-lo chocado. “Doca sete? O que você está planejando fazer?” Rold não respondeu-o. Em vez disso ele puxou o comunicador e começou a informar a Torre Central da situação deles. Poucos minutos depois, ele foi teleportado.

- - -

“Todos os sistemas ativados. Ok.”

Rolf checou o seu cinto de segurança pela última vez. A nave de combate Paseo estava toda pronta para alçar vôo para Dezóris, com uma caixa de F-5, exatamente quando ele recebeu a permissão do Comando da Torre Central.

O Governador não perguntou. Tudo o que Rolf teve de dizer era que ele tinha pessoas capazes de descobrir o que era aquele produto químico desconhecido. Lamentavelmente, tais pessoas viviam em Dezóris. Um ano atrás haviam apenas duas naves em Algol. A primeira era a nave de combate Paseo, uma nave nas mãos dos Agentes, e o único meio de ir ao desolado mundo de Dezóris. Além do quê, quem realmente iria lá?

A outra era o Satélite Espacial Gaira, uma prisão espacial para onde Rolf e seus amigos foram levados antes de serem transferidos para Palma onde aguardariam o seu julgamento pela destruição do Climatrol. Alguma coisa deu errado então. Cérebro-Mãe interferiu e lançou-a em Palma, causando a destruição do planeta inteiro. O Pirata Espacial Tyler salvou-os.

A permissão veio e Rolf acionou os motores. A Paseo voou para fora do telhado da Torre Central e saiu da cidade, seguindo em direção à Oputa, quando a sua trajetória se curvou para cima e ela atravessou a atmosfera. Rolf não pensava em apreciar o cenário. A única coisa que ele observava eram os controles em frente a ele.

Logo, ele estava no espaço.

fanworks/psultimate/destino_do_agente/agente_004.txt · Última modificação: 2009/01/16 13:49 por orakio

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